A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E A FORMAÇÃO DE GESTORES NO SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO NO ESTADO DA BAHIA (SESC-BAHIA)

Resumen

O propósito deste artigo foi investigar como ocorre a aprendizagem organizacional e a formação de gestores no Serviço Social do Comércio no Estado da Bahia (SESC-Bahia). Para tanto, adotou-se uma abordagem metodológica qualitativa, tendo sido realizadas 18 entrevistas com os gestores do SESC-Bahia. Utilizou-se do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) como método de tabulação, organização e análise do material empírico. A partir dos discursos dos respondentes, emergiram quatro novas modalidades de aprendizagem de caráter sociointeracionista, além disso surgiram outras cinco já referendadas pela literatura para explicar como se formam os gestores do SESC-Bahia. Neste sentido, os resultados sugerem que o processo de formação de gestores no SESC-Bahia é marcadamente: a) alicerçado numa abordagem socio prática; b) híbrido; c) diverso e             d) original. Complementarmente, este trabalho buscou abrir caminhos para novas compreensões e insights sobre estratégias mais eficazes e transformadoras ao desenvolvimento de gestores no âmbito das organizações paraestatais e em outros contextos, confirmando em parte a literatura sobre o assunto, bem como trazendo novas contribuições e implicações.

Citas

Alvesson, M., & Kärreman, D. (2001). Odd couple: making sense of the curious concept of knowledge management. Journal of Management Studies, 38(7), 995-1018. DOI:10.1111/1467-6486.00269

Andrews, M., & Smits, S. (2019). Using Tacit Knowledge Exchanges to Improve Teamwork. ISM Journal, 3(1), 15-23.

Antonacopoulou, E. P. (2001). The paradoxical nature of the relationship between training and learning. Journal of Management Studies, 38(3), 327-350. DOI: 10.1111/1467-6486.00239

Barão, A., Braga, J. de V., Rocha, A., & Pereira, R. (2017). A knowledge management approach to capture organizational learning networks. International Journal of Information Management, 37(12), 735-740. DOI: 10.1016/j.ijinfomgt.2017.07.013

Bell, B. S., Tannenbaum, S. I., Ford, J. K., Noe, R. A., & Kraiger, K. (2017). 100 years of training and development research: what we know and where we should go. Journal of Applied Psychology, 102(3), 305-323. DOI: 10.1037/apl0000142

Berg, M., & Karlsen, Jan. (2012). An evaluation of management training and coaching. Journal of Workplace Learning. 24, 177-199. DOI: 10.1108/13665621211209267

Blackler, F. (1995). Knowledge, knowledge work and organizations: An overview and interpretation. Organization Studies, 16(6), 1021-1046. DOI: 10.1177/01708406950160060

Borges, M. S., Guedes, C. A. M., & Castro, M. C. D. (2015). A Gestão do Empreendimento Rural: Um Estudo a partir de um programa de transferência de tecnologia para pequenos produtores. Revista de Ciências da Administração, 17(43), 141-156. DOI: 10.5007/2175-8077.2015v17n43p141

Borges, M. S., Guedes, C. A. M., & Castro, M. C. D. (2016). Programa de assistência técnica para o desenvolvimento de pequenas propriedades leiteiras em Valença-RJ e região Sul Fluminense. Cadernos EBAPE.BR, 14 (n. Edição Especial), 569-592. DOI: 10.1590/1679-395115513

Campos, R. de A., Souza-Silva, J. C., & Dos-Santos, M. G. (2018). Habilidades gerenciais e modalidades de aprendizagem de gestores industriais. BASE - Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, 15(3), 223-237. DOI:

Chiva, R., & Alegre, J. (2005). Organizational learning and organizational knowledge: towards the integration of two approaches. Management Learning, 36(1), 49-68. DOI: 10.1177/1350507605049906

Clark, T., & Rollo, C. (2001). Corporate Initiatives in Knowledge Management. Education & Training, 43(4/5), 206-214. DOI: 10.1108/00400910110399201

Cook, S. D. N., & Brown, J.S. (1999). Bridging epistemologies: the generative dance between organizational knowledge and organizational knowing. Organization Science, 10, 381-400. DOI: 10.1287/orsc.10.4.381

Costa-Marinho, M. L. (2015). O discurso do sujeito coletivo: uma abordagem qualiquantitativa para a pesquisa social. Trabajo Social Global. Revista de Investigaciones en Intervención social, 5(8), 90-115. DOI: 10.30827/tsg-gsw.v5i8.3093

Davel, E. P. B., & Oliveira, C. A. A. (2018). Reflexividade intensiva na aprendizagem Organizacional: uma autoenografia de práticas em uma organização educacional. Revista Organizações e Sociedade (O&S), 25(85), 211-228. DOI: 10.1590/1984-9250852

Dos-Santos, M. G., Pereira, F. A., Souza-Silva, J. C., & Rivera-Castro, M. A. (2015). Aprendizagem Socioprática e Individual-Cognitiva na Empresa Júnior Brasileira. Revista Administração: Ensino e Pesquisa, Rio de Janeiro, 16(2), 309-339. DOI: 10.13058/raep. 2015.v16n2.235

Fante, R. M., Bucklin, B. R., Diener-Ludwig, L., Sundberg, D. B., & Dickinson, A. M. (2016). A Comparison of Training Methods on the Acquisition of Automotive Product Knowledge. Performance Improvement Quarterly, 29(3), 287-305. DOI:10.1002/piq.21223

Freire, P. (1971). Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.

Gherardi, S., Nicolini, D., & Odella, F. (1998). Toward a social understanding of how people learn in organization. Management Learning, 29(3), 273-297. DOI:10.1177/1350507698293002

Jodelete, D. (1989). Répresentations sociales: un domaine en expansion. In: Jodelete, D. (Org.). Répresentations sociales. Paris: PUF, 31-61.

Justen-Filho, M. (2005). Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva.

Kram, K. E., & Isabella, L. A. (1985). Mentoring alternatives: The role of peer relationships in career development. Academy of Management Journal, 28, 110-132. DOI: 10.5465/256064

Kram, K. E., & Ragins, B. R. (2007). The landscape of mentoring in the n21 st Century. In: RAGINS, B. R.; Kram K. E. The Handbook of Mentoring at work: Theory, Research, and Practice. Thonsand Caks, CA: Sage Publications, 659-692.

Lefèvre, F.; Lefèvre A.M. (2006). O sujeito coletivo que fala. Revista Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 10(20), 517-524. DOI: 10.1590/S1414-32832006000200017

Manuti, A., Pastore, S., Scardigno, A. F., Giancaspro, M. L., & Morciano, D. (2015). Formal and informal learning in the workplace: a research review. International Journal of Training and Development, 19(1),1-17. DOI: 10.1111/ijtd.12044

Marshall, N. (2008) Cognitive and practice-based theories of organizational knowing and learning: incompatible or complementary? Management Learning, 39(4), 413-435. DOI:10.1177/1350507608093712

Moraes, L. V. D. S., Silva, M. A., & Cunha, C. (2004). Aprendizagem gerencial: teoria e prática. Revista de Administração de Empresas - RAE, 3(1), 1-21. DOI: 10.1590/S1676-56482004000100010

Nicolini, D., Gherardi, S., & Yanow, D. (2003). Knowing in organizations: a practice-based approach. Nova York: M. E. Sharpe.

Oliveira-Neto, C. de C., & Souza-Silva, J.C. de. (2017). Aprendizagem, mentoria e cultura organizacional de aprendizagem: o estudo do caso da performance consultoria e auditoria. REAd - Revista Eletrônica de Administração, 23(n. especial), 60-92. DOI: 10.1590/1413-2311.168.62959

Paixão, R. B. et al. (2013). Por que ocorre? Como lidar? A percepção de professores de graduação em administração sobre o assédio moral. Rev. Adm., São Paulo, 48(3), 516-529. DOI: 10.5700/rausp1103

Pamponet-de-Almeida, N.C.; Souza-Silva, J. C. (2015). Aprendizagem Organizacional e Formação de Gestores: Como aprendem os gestores em uma indústria do setor petroquímico. Revista de Gestão, São Paulo, 22(3), p. 338-404. DOI: 10.5700/rege568

Parker, P., Hall, D.T., & Kram, K.E. (2008). Peer coaching: A relational process for accelerating career learning. Academy of Management Learning & Education, 7(4), 487-503. https://doi.org/10.5465/amle.2008.35882189. DOI: 10.5465/amle.2008.35882189

Paroutis, S., Franco, L. A., & Papadopoulos, T. (2015). Visual interactions with strategy tools: producing strategic knowledge in workshops. British Journal of Management, 26, 48-66. DOI: 10.1111/1467-8551.12081

Pederzini, G. D. A. (2019). Managerial learning challenges in a complex world. Journal of Work-Applied Management, 11(1),17-29. DOI: 10.1108/JWAM-04-2018-0009

Rekha, K. N., & Ganesh, M.P. (2012). Do mentors learn by mentoring others? International Journal of Mentoring and Coaching in Education, 1(3), 205-217. DOI: 10.1108/20466851211279466

SESC. Planejamento Estratégico. 2015. 40 p. Documento Institucional – Sesc, Bahia.

Shaw, R., & Perkins, D. (1994). Ensinar as organizações a aprender: o poder dos fracassos produtivos. In: Nadler, Davi et al. Arquitetura Organizacional. Rio de Janeiro: Campus.

Silva, E. C. A., Vieira, A. M., Kubo, E. K. M., & Bispo, M. S. (2015). Aprendizagem Organizacional no Setor Farmacêutico: uma Análise Multinível a Partir da Percepção dos Gestores. RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 14(3), 1091-1118.

Sitzmann, T., & Weinhardt, J. M. (2015). Training engagement theory: a multilevel perspective on the effectiveness of work-related training. Journal of Management, 44(2), 732-756. DOI: 10.1177/0149206315574596

Souza, J. C., & Faria, M. F. B. (2013). Processo de inovação no contexto organizacional: uma análise de facilitadores e dificultadores. Brazilian Business Review, 10(3), 113-136.

Souza-Silva, J. C. (2007). Aprendizagem organizacional: desafios e perspectivas ao desenvolvimento de comunidades de prática. Salvador, Conhecimento Superior, 310 p.

Souza-Silva, J.C. (2009). Condições e desafios ao surgimento de comunidades de prática em organizações. RAE - Revista de Administração de Empresas, 49(2),176-189. DOI: 10.1590/S0034-75902009000200005

Versiani, A. F., Rezende, S. F. L., Magalhães, A. T. N., & Vaz, S. L. (2018). A relação entre a elaboração de estratégias e a aprendizagem organizacional. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 20(2), 57-177. DOI: 10.7819/rbgn.v20i2.3888

Wenger, E. (1998). Communities of Practice: Learning, Meaning and Identity. Cambridge: Cambridge University Press.

Publicado
2024-12-10
Sección
Artigos