“POSSO VER, MAS NÃO POSSO TOCAR”: O LABIRINTO DE CRISTAL E AS DIFICULDADES PROFISSIONAIS DAS MULHERES NAS ORGANIZAÇÕES
Resumen
A conquista de espaços pelas mulheres na sociedade é marcada por obstáculos, especialmente no contexto das organizações. Estes obstáculos são nomeados como Labirinto de Cristal, que são barreiras que as mulheres enfrentam na vida pessoal, acadêmica e/ou laboral, impedindo-as de ocuparem determinados níveis nas organizações e sociedade. Dessa forma, o presente estudo realizou uma revisão narrativa para identificar as produções acadêmicas que tratam do termo Labirinto de Cristal nos últimos cinco anos (2018-2023), visando caracterizar as principais dificuldades que as mulheres enfrentam nas organizações. Foram encontrados 243 trabalhos no recorte temporal que, após aplicados os filtros de refinamento e enquadramento de acordo com o objetivo da pesquisa, resultaram em 16 artigos para as análises e discussões dos resultados. Realizou-se a exposição das barreiras encontradas e como foram discutidas ao longo dos textos, em que se sobressaíram as discussões acerca das barreiras de entrada, permanência e crescimento nas organizações sob a ótica do Labirinto de Cristal, os estereótipos de gênero, refletidos através de posições e cargos de homens e mulheres e a sub-representação feminina nesses locais. Apesar da presença maior das mulheres nas organizações, elas ainda passam por muitas dificuldades para conseguir permanecer ou ascender nas organizações.
Citas
Almeida, M. R. R., Ribeiro, P. R. C., & Vilaça, M. T. M. (2020). Tornar-se cientista: narrativas de mulheres pesquisadoras no continente antártico. Diversidade e Educação, 96-122.https://doi.org/10.14295/de.v8iEspeciam.9804
Alpaca. N. H. (2022, 8 de março). Participação de mulheres no mercado de trabalho é 20% inferior à dos homens. CNN Brasil, https://www.cnnbrasil.com.br/business/participacao-de-mulheres-no-mercado-de-trabalho-e-20-inferior-a-dos-homens
Barros, S. C. V.,& Silva, L.M. C. (2019). Desenvolvimento na carreira de bolsistas produtividade: uma análise de gênero. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 71(2), 68-83. https://dx.doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP2019v71i2p.68-83
Carneiro, R. B., Villwock, A. P. S., & Matte, A. (2022). Inserção e atuação profissional das engenheiras agrônomas: desafios e estratégias. Mundo Agrario, 23(53), e194. https://doi.org/10.24215/15155994e194
Cantal, A., & Pantoja, G. (2019). Mulheres no curso de Licenciatura Integrada em Matemática e Física da Universidade Federal do Oeste do Pará: Mapeando trajetórias sob a perspectiva de gênero. Revista Científica Gênero na Amazônia, (15), 120-132.http://dx.doi.org/10.29327/22094.15-8
Carvalho, S., & Mourão, L. (2020). Trajetória profissional de mulheres cientistas à luz dos estereótipos de gênero. Psicologia em Estudo, 25. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v25i0.46325
Carvalho, R. O.,Sassaki, Y. Cultura, gênero e organizações empresariais (2013).In Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, Brasil.
Crisóstomo, L. S., Field´s, K. A. P. (2022). A condição de gênero na trajetória acadêmico-profissional de pesquisadoras do Instituto Federal de Brasília. Cadernos de Gênero e Tecnologia, 15(46), 245-260.https://revistas.utfpr.edu.br/cgt/article/view/15731.
Cossi, R. K. (2018). Stoller e a psicanálise: da identidade de gênero ao semblante lacaniano. Estudos de Psicanálise, (49), 31-43. Recuperado em 15 de outubro de 2023, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372018000100003&lng=pt&tlng=pt
Eagly, A. H., & Carli, L. L. (2012). Womenandthelabyrinthofleadership. Contemporaryissues in leadership, 31(8), 147-162.
Ferreira, G., de Souza, A. A., & Silveira, C. (2020). A Representação Feminina nas Ciências Exatas de uma Universidade Federal. Revista Feminismos, 7(3). Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/32371
Figueredo, R. C. (2021). Os principais desafios e perspectivas da liderança feminina na contemporaneidade. Revista Mundi Sociais e Humanidades, 6(3).https://scholar.archive.org/work/jmaixbdfpfax7parntdwepxr3a/access/wayback/https://periodicos.ifpr.edu.br/index.php?journal=MundiSH&page=article&op=download&path%5B%5D=1820&path%5B%5D=813
Flick, U. (2012). Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Penso Editora. 1, 9-251.
Fraga, A. M., & Rocha-de-Oliveira, S. (2020). Mobilidades no labirinto: tensionando as fronteiras nas carreiras de mulheres. Cadernos Ebape. BR, 18, 757-769.https://doi.org/10.1590/1679-395120190141
Góes, F., &Machado, F. (2021).A mulher e o mercado de trabalho:Permanência e perspectivas. Revista Eletrônica do TRT-PR,10(99), 48-64. https://www.trt9.jus.br/portal/pagina.xhtml?secao=84&pagina=Ed.99/2021
Grant Thornton. (01 junho 2023). Women Business 2023. Grant Thornton,https://www.grantthornton.com.br/insights/women-in-business-2023/movimento-pela-igualdade/?hubId=1803776
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2021).Estatísticas de Gênero - Indicadores sociais das mulheres no Brasil 2ª edição. Estudos e Pesquisas - Informação Demográfica e Socioeconômica, 38, 1-9. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/genero/20163-estatisticas-de-genero-indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html?=&t=resultados
Incerti, T. G. V., & Casagrande, L. S. (2019). Gênero, ciência e tecnologia em discussão: percepções e perspectivas de estudantes do ifpr campus curitiba. Revista Mundi Sociais e Humanidades (ISSN: 2525-4774), 4(1). https://www.periodicos.ifpr.edu.br/index.php/MundiMAA
Jaime, P. (2011). Para além das pinkcollars: Gênero, trabalho e família nas narrativas de mulheres executivas. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 11(1), 135–155. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2011.1.6811
Lima, B. S. (2013). O labirinto de cristal: as trajetórias das cientistas na Física. Revista Estudos Feministas, 21(3), 883–903. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2013000300007
Mendes-Da-Silva, W. (2019). Contribuições e Limitações de Revisões Narrativas e Revisões Sistemáticas na Área de Negócios. Revista De Administração Contemporânea, 23(2), 1–11. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2019190094
Miltersteiner, R. K., Oliveira, F. B. D., Hryniewicz, L. G. C., Sant’anna, A. D. S., & Moura, L. C. (2020). Liderança feminina: percepções, reflexões e desafios na administração pública. Cadernos EBAPE.BR, 18(2), 406–423. https://doi.org/10.1590/1679-395120190176
Oliveira, A. L. M., & Silva, R. J. F. (2020). Gênero na docência em Física: a pedagogia da pedra contra o labirinto de cristal. Revista Educação em Questão, 58(58), e-22507. Epub 16 de outubro de 2020.https://doi.org/10.21680/1981-1802.2020v58n58id22507
Organização Mundial da Saúde (01 novembro 2022). Gênero e Saúde. World Health Organization. https://www.who.int/health-topics/gender#tab=tab_1
Quaesner, G., Kowalski, K. M. M., Fanini, A. M. R., & Casagrande, L. S. (2020). Os desafios das mulheres telejornalistas no Paraná. Revista Ártemis, 29(1), 363.https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/41763
Pereira, L. S. (2021). Uma química interrompida: Clara Immerwahr. Cadernos de Gênero e Tecnologia, 14(44), 391-409. https://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/13411.
Pinno, B., Massocatto, M., Grave, F., & Battisti, J. (2019). Mulheres nas Instituições Financeiras: Pesquisa sobre Equidade de Gênero na Hierarquia Empresarial. Revista Mundi: Sociedades e Humanidades. Curitiba, PR, 4.https://www.periodicos.ifpr.edu.br/index.php/MundiMAA
Reznik, G., & Massarani, L. (2022). Mapeamento e importância de projetos para equidade de gênero na educação em STEM. Cadernos De Pesquisa, 52, e09179. https://doi.org/10.1590/198053149179
Ribeiro, R. M., & de Jesus, R. S. (2018). A inserção da mulher no mercado de trabalho no Brasil. Revista De Ciências Humanas, 1(1). https://periodicos.ufv.br/RCH/article/view/1366
Rocha, L. D., & De Paula, L. K. (2020). Questão de genêro nas organizações. Monumenta - Revista Científica Multidisciplinar, 1(1), 142–153. https://revistaunibf.emnuvens.com.br/monumenta/article/view/17
Saggese, G. S. R., Marini, M., Lorenzo, R. A., Simões, J. A., & Cancela, C. D. (2018). Marcadores sociais da diferença. São Paulo: Terceiro Nome, 3-21.
Salles, H. K. (2022). Análise do Poder Executivo do Estado de Santa Catarina na perspectiva de gênero: qual o lugar das mulheres?.Revista do Serviço Público, 73(4), 673-695.https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/4746/6897
Santos, J. C. S. D., & Antunes, E. D. D. (2013). Relações de gêneros e liderança nas organizações: rumo a um estilo andrógino de gestão. Gestão Contemporânea, 10(14), 35-60.
Santos, K. N. B., &Saucedo, M. V. Z. (2021). Participationofwomen in management positions in aninstitutionofhighereducationofpublic management - Ciudad Del Este - Paraguay. South Florida JournalofDevelopment, 2(1), 145–154. https://doi.org/10.46932/sfjdv2n1-013
Savazi, N. P. (2022). Trajetória de uma cientista negra. Revista Espaço Acadêmico, 39-50. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/62779
Surmani, J. S., & Tortato, C. D. S. B. (2020). Influência do estereótipo de gênero na ciência tecnologia e sociedade. Revista Mundi Sociais e Humanidades, 5(1). https://scholar.archive.org/work/y6ldmeg2w5ey7itfppqr5tquje/access/wayback/http://periodicos.ifpr.edu.br/index.php?journal=MundiSH&page=article&op=download&path%5B%5D=1371&path%5B%5D=561
Tree Diversidade, (2022). Teto de vidro: o que é e como as empresas podem romper as barreiras que limitam ascensão das mulheres. Tree Diversidade.https://treediversidade.com.br/teto-de-vidro-o-que-e/
Mazucato, T. (2018). Metodologia da pesquisa e do trabalho científico. Penápolis: Funepe. 4-96.
POLÍTICA DE DIREITOS AUTORAIS E CONFLITO DE INTERESSES
A Revista Desafio Online (DOn) baseia suas políticas éticas e normas nas diretrizes apresentadas pelo Comimittee on Publication Ethics – COPE (https://publicationethics.org/), em razão de seu compromisso com a qualidade editorial e ética científica.
Dever dos editores e equipe editorial:
- Decidir quais serão os artigos avaliados, baseados em sua qualidade, relevância acadêmica, conteúdo e adequação às diretrizes de submissão, sem discriminar, nenhum autor, por gênero, sexo, raça, orientação sexual, pensamento político, afiliação institucional, religião, naturalidade, nacionalidade, identidade étnico-cultural, ou outra forma de distinção social.
- Decidir e se responsabilizar pelos trabalhos que serão publicados (editor-chefe) seguindo as normas da política editorial, bem como os requisitos legais em vigor, no que se refere ao plágio, violação de direitos autorais e difamação.
- Não divulgar dados dos trabalhos além dos autores, pareceristas e membros do conselho editorial, zelando pela confidencialidade das informações.
- Não utilizar, ou se apropriar, do conteúdo original dos trabalhos submetidos, ainda não publicados.
- Não acompanhar o processo editorial do artigo em caso de existência de conflitos de interesses.
- Garantir que as submissões passem pelo processo de revisão duplo-cega (double-blind), sendo avaliado por, no mínimo, dois pareceristas.
- Atender aos princípios de boas práticas e transparência, averiguando condutas contrárias a estes, apresentando providências adequadas.
Dever dos pareceristas ad hoc:
- Auxiliar o corpo editorial, e os autores, no que tange a escolha das decisões editoriais, realizando a revisão sem qualquer tipo de distinção política, cultural, ou social, dos autores.
- Cumprir o prazo de resposta e data limite da avaliação, comunicando os editores nos casos de impossibilidade de realizar o trabalho.
- Abster-se de realizar a avaliação quando pouco capacitados ou não aptos, sobre o conteúdo do artigo. O declínio também deve ocorrer, na existência de qualquer conflito de interesses existente, por parte do avaliador.
- Respeitar o sigilo dos arquivos recebidos, sem que sejam divulgados, expostos ou conversados os conteúdos dos artigos, sem a permissão do editor-chefe, existindo a necessidade. O conteúdo dos trabalhos não deve ser utilizado para benefício próprio.
- Seguir os critérios de avaliação estipulados nas diretrizes, recomendando ajustes e melhorias, sem nunca realizar críticas ou ataques pessoais aos autores.
- Indicar referências de materiais adicionais que sejam pertinentes ao tema.
- Comunicar, aos editores, a existência de publicações anteriores, do mesmo trabalho.
- Os revisores serão incluídos na lista de pareceristas da Revista Desafio Online (DOn). Havendo a solicitação, eles podem receber uma Declaração de Avaliação formal, do Editor-Chefe. Para isso devem informar o nome completo e CPF, por e-mail.
Dever dos autores:
- Apresentar relatos precisos das submissões, com detalhes e referências necessárias à replicação, por terceiros. Dados implícitos devem ser precisamente apresentados, no artigo. Afirmações propositalmente incorretas, ou deturpadas, são tidas como má conduta ética, sendo inadmissíveis.
- Responsabilizar-se pela elaboração do material submetido, devendo o mesmo ser original, resguardando a autenticidade do conteúdo.
- Informar, através de citações adequadas, fontes de ideias e informações derivadas de outros trabalhos, evidenciando-as nas referências. A apropriação indevida de informações e trechos de trabalhos anteriormente publicados, sem a citação da fonte, se caracteriza como plágio e, nesses casos, o periódico se reserva o direito de rejeitar o trabalho, considerando tal prática antiética e inadmissível.
- Não submeter trabalhos que possuam, de forma substancial, a mesma investigação, para outros periódicos, ou mesmo que já tenha sido, anteriormente, publicado. Trabalhos publicados, anteriormente, em congressos serão aceitos para publicação apenas em caso de parcerias Fast Track com o evento. Artigos derivados de trabalhos de conclusão de curso, dissertações ou teses serão aceitos apenas mediante a inexistência de publicações em outros periódicos ou eventos, devendo, o autor principal, se responsabilizar pela indicação de outras autorias. A Revista Desafio Online respeita o prazo de 12 meses entre publicações de um mesmo autor.
- Atribuir a autoria do trabalho apenas àqueles que fizeram contribuições significativas em sua elaboração, sendo estes indicados como coautores, pelo autor principal, se responsabilizando, integralmente, pelo conteúdo. O autor principal deve fornecer os contatos de e-mails dos envolvidos, e certificar-se de que todos aprovaram a versão final do trabalho, consentindo com sua submissão.
- Declarar qualquer forma existente de conflitos de interesses, bem como apresentar toda e qualquer fonte de auxílio financeiro existente.
- Colaborar, com os editores, quanto à correção e atualização do seu artigo, através de erratas, ao identificar erros ou informações imprecisa que seja relevante na publicação.
- Atentar às decisões editoriais, e ao processo de avaliação e revisão, atendendo, o mais rápido possível, as requisições, mantendo seus dados cadastrados atualizados. Pede-se que as adequações sejam realizadas em até 30 dias, considerando o reenvio dos trabalhos.
- Disponibilizar, caso solicitado, os dados brutos da pesquisa, juntamente com o artigo, para revisão editorial. Os dados utilizados devem se manter acessíveis por, pelo menos, 10 anos após a publicação, considerando a proteção da confidencialidade dos autores, bem como os direitos jurídicos relacionados aos dados.
Arquivamento
A Revista Desafio Online utiliza o sistema LOCKSS. Este é um software livre desenvolvido pela Biblioteca da Universidade de Stanford, que permite preservar revistas online escolhidas ao sondar as páginas das mesmas por conteúdo recém publicado e arquivando-o. Cada arquivo é continuamente validado contra cópias de outras bibliotecas. Caso o conteúdo esteja corrompido ou perdido, as cópias são usadas para restauração.
ÉTICA E ANTIPLÁGIO
Os trabalhos submetidos à Revista Desafio Online (DOn) passarão por software detector de plágio (CopySpider), a qualquer momento, durante o processo editorial. Trabalhos que apresentem mais de 5% de similaridade com outras publicações não serão aceitos, de modo que tais submissões podem ser rejeitadas a qualquer momento, no processo editorial.
Os autores transferem todos os direitos autorais do artigo para a Revista Desafio Online. Qualquer reprodução, total ou parcial, em meios impressos ou eletrônicos, deverá ser solicitada por meio de autorização. A reprodução, caso autorizada, fará constar o competente registro e agradecimento à Revista.
Todos os artigos publicados, online e de livre acesso aos leitores, tem licença Creative Commons, de atribuição, uso não comercial e compartilhamento por ela.
As obras deste site estão licenciadas sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil
PUBLICAÇÕES DA EQUIPE EDITORIAL
Não é permitida a submissão de trabalhos pelo editor-chefe e coeditores do periódico, garantindo a imparcialidade no processo editorial.