REDES DE COOPERAÇÃO, COWORKING E ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE: UMA INVESTIGAÇÃO DOS PRINCIPAIS MOTIVOS DA DISSOLUÇÃO DE PARCERIAS
Resumen
O presente artigo teve como objetivo verificar os principais motivos que impulsionaram a dissolução dos escritórios de contabilidade das redes de cooperação na modalidade coworking. Quanto a tipologia da pesquisa, categoriza-se como uma abordagem exploratória e descritiva, por meio de estudo de caso, utilizando um procedimento qualitativo. As unidades de pesquisas foram a Rede de cooperação Athos Coworking e o escritório Lopes e Gadelha Assessoria e Consultoria Contábil. Foi utilizado, na análise, o método de análise de conteúdo. Na Rede de Cooperação coworking, verificou-se que Maturação e necessidade de estrutura própria são os fatores que contribuem para a dissolução da rede de cooperação. No escritório que participou da rede de cooperação, examinou-se que os motivos que levam a dissolução foram a necessidade de privacidade e um lugar próprio. Assim, em resumo, verificou-se como fatores de dissolução de redes: a maturação, privacidade, individualismo e custos-benefícios (considerados pelos entrevistados como ponto principal). Desta forma, conclui-se que o principal motivo para o ingresso a rede de cooperação coworking, também é um fator do desligamento do mesmo, custo-benefício, ou seja, quando há o aumento dos custos e a estagnação dos preços, a saída mais viável é o desligamento da rede de cooperação.
Citas
Aaker, D. A., Kumar, V. & Day, G. S. (2004). Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas.
Azzolini Júnior, W., Barbosa, F., & Sacomano, J. (2003). As redes de negócios e as cadeias de suprimento: um estudo de caso para compreensão conceitual. In: ENEGEP – Encontro Nacionais de Engenharia de Produção, XXIII, 2003, Ouro Preto. Anais… Ouro Preto.
Bardin, L. (2009). Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA.
Barcellos, P., Borella, M., Peretti, J., & GalellI, Ademar. (2012). Insucesso em redes de cooperação: estudo multicasos. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, 11(4), pp. 49-57.
Bogdan, R., & Biklen, S. (2010). Investigação Qualitativa em Educação: Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.
Campos, L., Oliveira, K., Leal, E., & Duarte, S.L. (2016). Gestão de custos interorganizacionais: um estudo da “rede cerrado” de supermercados. Revista contabilidade vista e revista, 27(3), pp.81-104.
Cavalcanti, M. (Org.). (2006). Gestão social, estratégias e parcerias: redescobrindo essência da administração brasileira de comunidades para o terceiro setor. 1 ed. São Paulo: Saraiva.
Cisne, C., Arasaki, P., & Santos, N. (2015). Coworking: compartilhando mais que espaços? Revista Gestão Industrial. Paraná. 11(3), pp. 168-182.
Eckert, A.; Milan, G., Mecca, M., & Nunes, G. (2013). Fatores determinantes para a retenção de clientes em escritórios de contabilidade: um estudo multicaso realizado em uma cidade da serra gaúcha. Revista Eletrônica de Estratégia e negócios. Caxias do Sul. 6(3), pp 51-78.
Ferraz, L. M. S. (2015). Fatores que influenciam o desempenho de uma rede de cooperação horizontal: um estudo de caso das redes de Cascavel – PR. 2015. Dissertação (Mestrado em Administração). Pontifícia Universidade Católica Do Rio Grande Do Sul – PUCRS, Porto Alegre –RS.
Fisher, A., Rover, A., Fransozi, L. & Mello, M. (2014). Aliança estratégica: rede oeste de cooperação de empresas contábeis de Santa Catarina. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 19(2), p. 58 – 78.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.
Gomes, A. K., & Callado, A. (2016). Desempenho Organizacional das Micro e Pequenas Empresas Localizadas em João Pessoa: Estudo Comparativo entre Redes de Cooperação Horizontal e Empresas Não Cooperadas. XVI Congresso USP Contabilidade e Controladoria. 2016. São Paulo. Anais... Building Knowledge in Accouting.
Gomes, A. K. L. (2016). Desempenho organizacional das micro e pequenas empresas localizadas em João Pessoa: Estudo comparativo entre empresas que participam de redes de cooperação e empresas que não participam. 2016. 114p. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis). Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Universidade federal do rio grande do norte – UFRN, Programa MultiInstitucional e Inter-Regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis, João Pessoa-PB.
Gonçalves, C., & Meirelles, A. (2004). Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas.
Goode, W.J., & Hatt, P.K. (1979). Métodos em pesquisa social. 5a ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
Hair, J., Joseph, F., Barry, B., Money, A. H., & Samoel, P. (2005). Fundamentos em métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.
Klein, L., & Pereira, B. (2012). Why do companies withdraw from cooperative process: contributions to the management of inter-organizational networks. Economia Global e Gestão, 17(3), pp. 121-140.
Lima, P.E.S. (2017). Redes interorganizacionais: uma análise das razões de saída das empresas parceiras. 2017. 105 p. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas - Programa de Pós-graduação em Administração. Santa Maria- RS.
Marquezan, L., Sousa, M. (2015). Fatores condicionantes da formação de uma rede horizontal entre franqueadas. Gestão & Regionalidade, 31(91), pp.67-86.
Medina, P. F., & Krawulski, E. (2015). Coworking como modalidade e espaço de trabalho: uma análise bibliométrica. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 18(2), pp.181-190.
Mesquita, L.A.F. (2016). As práticas que sustentam o trabalho colaborativo em espaços de coworking e o papel das Tecnologias de Informação e Comunicação: Estudo de caso da Goma. 2016. 156f. Dissertação (Mestrado em Administração de empresas). Fundação Getúlio Vargas Escola de Administração de empresas de São Paulo, São Paulo-SP.
Munhoz, A., Sengia, B., Fazzio, B., Oliveira, G., & Ades, C. (2013). Coworking e crowdsourcing: como modelos de negócios inovadores influenciam no desenvolvimento de start-ups. XVI SEMEAD Seminários em Administração, São Paulo, Anais... Empreendedorismo Intracorporativo: Modelos de Negócio e Fontes de Capital para o Empreendedorismo.
Neme, C. M. N. (2014). Coworking: contribuições de um modelo de consumo colaborativo e da arquitetura corporativa para o gerenciamento das cidades. Revista Nacional de gerenciamento de cidades. São Paulo, 2(12), pp. 85-95.
Oliveira, M. F. (2011). Metodologia Científica: Um Manual para a realização de pesquisas em administração. Catalão: Universidade Federal de Goiás - UFG.
Palmeira, J. N., & Tenório, F. G. (2002). Flexibilização organizacional: aplicação de um modelo de produtividade total. Eletronorte, Rio de Janeiro: Editora FGV.
Pereira, B., Venturini, J.; Wegner, D.; & Braga, A. (2010). Desistência da cooperação e encerramento de redes interorganizacionais: em que momento essas abordagens se encontram? Revista de Administração e Inovação RAI. São Paulo, 7(1), pp. 62-83.
Rief, S., Stiefel, K., & Weiss, A. (2016). Harnessing the Potential of Coworking. Fraunhofer. Haworth. 5(16), pp. 1 – 13.
Santos, W. R., & Carneiro, T. J. (2013). Inovação e desempenho organizacional: um estudo das publicações científicas da base Web of Knowledge. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, 7(3), pp.75-96.
Serra, A.L.A. (2013). Coworking: Uma nova perspectiva mercadológica para São Luís. 2013. 46f. Tese (graduação). Universidade do Marranhão. São luís-MA.
Shigunov, T. R. Z., & Shigunov, A. R. (2003). A qualidade dos serviços contábeis como ferramenta de gestão para os escritórios de contabilidade. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 2(1), pp. 1-23.
Souza, D.L.O. (2003). Ferramentas de Gestão de tecnologia: um diagnóstico de utilização nas pequenas e médias empresas industriais da região de Curitiba. Curitiba. 119 p. Dissertação (Mestrado em Tecnologia). Programa de Pós-graduação em Tecnologia- PPGTE, Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná- CEFET, Curitiba-PR.
Surman, T., Kempner, Randall, & Walshok, Mary. (2017). Accelerating Entrepreneurship. Innovations, 8(3).
Venturini, J. (2012). Discutindo fatores de dissolução de redes horizontais de micro, pequenas e médias empresas. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Wegner, D., Ribeiro, J. (2011). Avaliação de desempenho de redes horizontais de empresas: Um exemplo exploratório. Revista Alcance – Eletrônica, Rio grande do Sul, 18(1), pp. 59-74.
Wegner, D., & Maehler, A. (2012). Desempenho de empresas participantes de rede interorganizacionais: analisando a influência do capital social e da capacidade absortiva. Revista Gestão e Planejamento, Salvador, 13(2), pp. 191-211.
Wegner, D., ZEN, A. & Aldino, B. (2011). O último que sair apaga as luzes: um estudo de caso sobre os Motivos para a desistência da cooperação e encerramento de Redes de empresas. Revista de Negócios, Blumenau, 16(4), p.30–50.
Wegner, D., & Padula, A. D. (2012). Quando a cooperação falha: um estudo de caso sobre o fracasso de uma rede interorganizacional. Revista de Administração Mackenzie, 13(1), pp. 145-171.
Xavier Filho, J., Paiva Junior, F., Alves, S., & Medeiros, J. (2015). Desistência de cooperação em redes interorganizacionais: reflexões inspiradas na ação social weberiana. Rev. Adm. Mackenzie. 16(6), p. 159-189.
Yin, R. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. 2a ed. Porto Alegre: Bookman.
Zanon, B.V.B. (2015). Rede, Coworking e emancipação intangível: um olhar sobre a flexibilidade, biopolítica e subjetiva a partir da estruturação produtiva. 120f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Universidade Federal de Uberlândia - Instituto de Ciências Sociais.
POLÍTICA DE DIREITOS AUTORAIS E CONFLITO DE INTERESSES
A Revista Desafio Online (DOn) baseia suas políticas éticas e normas nas diretrizes apresentadas pelo Comimittee on Publication Ethics – COPE (https://publicationethics.org/), em razão de seu compromisso com a qualidade editorial e ética científica.
Dever dos editores e equipe editorial:
- Decidir quais serão os artigos avaliados, baseados em sua qualidade, relevância acadêmica, conteúdo e adequação às diretrizes de submissão, sem discriminar, nenhum autor, por gênero, sexo, raça, orientação sexual, pensamento político, afiliação institucional, religião, naturalidade, nacionalidade, identidade étnico-cultural, ou outra forma de distinção social.
- Decidir e se responsabilizar pelos trabalhos que serão publicados (editor-chefe) seguindo as normas da política editorial, bem como os requisitos legais em vigor, no que se refere ao plágio, violação de direitos autorais e difamação.
- Não divulgar dados dos trabalhos além dos autores, pareceristas e membros do conselho editorial, zelando pela confidencialidade das informações.
- Não utilizar, ou se apropriar, do conteúdo original dos trabalhos submetidos, ainda não publicados.
- Não acompanhar o processo editorial do artigo em caso de existência de conflitos de interesses.
- Garantir que as submissões passem pelo processo de revisão duplo-cega (double-blind), sendo avaliado por, no mínimo, dois pareceristas.
- Atender aos princípios de boas práticas e transparência, averiguando condutas contrárias a estes, apresentando providências adequadas.
Dever dos pareceristas ad hoc:
- Auxiliar o corpo editorial, e os autores, no que tange a escolha das decisões editoriais, realizando a revisão sem qualquer tipo de distinção política, cultural, ou social, dos autores.
- Cumprir o prazo de resposta e data limite da avaliação, comunicando os editores nos casos de impossibilidade de realizar o trabalho.
- Abster-se de realizar a avaliação quando pouco capacitados ou não aptos, sobre o conteúdo do artigo. O declínio também deve ocorrer, na existência de qualquer conflito de interesses existente, por parte do avaliador.
- Respeitar o sigilo dos arquivos recebidos, sem que sejam divulgados, expostos ou conversados os conteúdos dos artigos, sem a permissão do editor-chefe, existindo a necessidade. O conteúdo dos trabalhos não deve ser utilizado para benefício próprio.
- Seguir os critérios de avaliação estipulados nas diretrizes, recomendando ajustes e melhorias, sem nunca realizar críticas ou ataques pessoais aos autores.
- Indicar referências de materiais adicionais que sejam pertinentes ao tema.
- Comunicar, aos editores, a existência de publicações anteriores, do mesmo trabalho.
- Os revisores serão incluídos na lista de pareceristas da Revista Desafio Online (DOn). Havendo a solicitação, eles podem receber uma Declaração de Avaliação formal, do Editor-Chefe. Para isso devem informar o nome completo e CPF, por e-mail.
Dever dos autores:
- Apresentar relatos precisos das submissões, com detalhes e referências necessárias à replicação, por terceiros. Dados implícitos devem ser precisamente apresentados, no artigo. Afirmações propositalmente incorretas, ou deturpadas, são tidas como má conduta ética, sendo inadmissíveis.
- Responsabilizar-se pela elaboração do material submetido, devendo o mesmo ser original, resguardando a autenticidade do conteúdo.
- Informar, através de citações adequadas, fontes de ideias e informações derivadas de outros trabalhos, evidenciando-as nas referências. A apropriação indevida de informações e trechos de trabalhos anteriormente publicados, sem a citação da fonte, se caracteriza como plágio e, nesses casos, o periódico se reserva o direito de rejeitar o trabalho, considerando tal prática antiética e inadmissível.
- Não submeter trabalhos que possuam, de forma substancial, a mesma investigação, para outros periódicos, ou mesmo que já tenha sido, anteriormente, publicado. Trabalhos publicados, anteriormente, em congressos serão aceitos para publicação apenas em caso de parcerias Fast Track com o evento. Artigos derivados de trabalhos de conclusão de curso, dissertações ou teses serão aceitos apenas mediante a inexistência de publicações em outros periódicos ou eventos, devendo, o autor principal, se responsabilizar pela indicação de outras autorias. A Revista Desafio Online respeita o prazo de 12 meses entre publicações de um mesmo autor.
- Atribuir a autoria do trabalho apenas àqueles que fizeram contribuições significativas em sua elaboração, sendo estes indicados como coautores, pelo autor principal, se responsabilizando, integralmente, pelo conteúdo. O autor principal deve fornecer os contatos de e-mails dos envolvidos, e certificar-se de que todos aprovaram a versão final do trabalho, consentindo com sua submissão.
- Declarar qualquer forma existente de conflitos de interesses, bem como apresentar toda e qualquer fonte de auxílio financeiro existente.
- Colaborar, com os editores, quanto à correção e atualização do seu artigo, através de erratas, ao identificar erros ou informações imprecisa que seja relevante na publicação.
- Atentar às decisões editoriais, e ao processo de avaliação e revisão, atendendo, o mais rápido possível, as requisições, mantendo seus dados cadastrados atualizados. Pede-se que as adequações sejam realizadas em até 30 dias, considerando o reenvio dos trabalhos.
- Disponibilizar, caso solicitado, os dados brutos da pesquisa, juntamente com o artigo, para revisão editorial. Os dados utilizados devem se manter acessíveis por, pelo menos, 10 anos após a publicação, considerando a proteção da confidencialidade dos autores, bem como os direitos jurídicos relacionados aos dados.
Arquivamento
A Revista Desafio Online utiliza o sistema LOCKSS. Este é um software livre desenvolvido pela Biblioteca da Universidade de Stanford, que permite preservar revistas online escolhidas ao sondar as páginas das mesmas por conteúdo recém publicado e arquivando-o. Cada arquivo é continuamente validado contra cópias de outras bibliotecas. Caso o conteúdo esteja corrompido ou perdido, as cópias são usadas para restauração.
ÉTICA E ANTIPLÁGIO
Os trabalhos submetidos à Revista Desafio Online (DOn) passarão por software detector de plágio (CopySpider), a qualquer momento, durante o processo editorial. Trabalhos que apresentem mais de 5% de similaridade com outras publicações não serão aceitos, de modo que tais submissões podem ser rejeitadas a qualquer momento, no processo editorial.
Os autores transferem todos os direitos autorais do artigo para a Revista Desafio Online. Qualquer reprodução, total ou parcial, em meios impressos ou eletrônicos, deverá ser solicitada por meio de autorização. A reprodução, caso autorizada, fará constar o competente registro e agradecimento à Revista.
Todos os artigos publicados, online e de livre acesso aos leitores, tem licença Creative Commons, de atribuição, uso não comercial e compartilhamento por ela.
As obras deste site estão licenciadas sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil
PUBLICAÇÕES DA EQUIPE EDITORIAL
Não é permitida a submissão de trabalhos pelo editor-chefe e coeditores do periódico, garantindo a imparcialidade no processo editorial.