INOVAÇÃO EM COMIDA: QUEM ACEITA?
Resumen
Interessados em analisar a atitude de consumidores em relação às inovações do setor de alimentos e, com isso, medir os graus de neofobia e neofilia alimentar declarados pelos entrevistados, três técnicas estatísticas foram empregadas. Uma análise de cluster e uma análise de correspondência múltipla permitiram que a tipologia de atitudes proposta como objetivo do artigo fosse desenhada. Já o logit ordenado permitiu identificar quais as variáveis que melhor determinaram os comportamentos mais neofóbicos, neofílicos e aqueles que representaram atitudes médias. A facilidade em compreender os significados da inovação foi determinante da maior aceitação das novidades alimentares que aparecem no mercado.
Citas
BÄCKSTRÖM, A.; PIRTTILÄ-BACKMAN, A. M. & TUORILA, H. Dimensions of novelty: a social representation approach to new foods. Appetite, 40 (2): 299–307, 2003.
BIRCH, L. (1999) Development of food preferences. Rev. Nutr, 19 (3):41-62, 1999.
CAMARENA, D.; SANJUÁN, A. & PHILIPPIDIS, G. Influence of ethnocentrism and neo-phobia on ethnic food consumption in spain. Appetite, 57 (1): 121–130, 2011.
CAPÉAU, B.; DECOSTER, A. & VERMEULEN, F. Homeownerhip and the life cycle: an ordered logit approach. Centre for economic studies. University of leuven. Agosto, 12p, 2003.
CERVO, A. L. & BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 6. Ed. São Paulo: pearson prentice hall, 2007.
COSTELL, E.; TÁRREGA, A. & BAYARRI, S. (2010) Food acceptance: the role of consumer perception and attitudes. Chemosensory perception, 3 (1): 42-50.
D'ANTUONO, L. F. & BIGNAMI, C. Perception of typical ukrainian foods among an italian population. Food quality and preference, 25 (1): 1-8, 2012.
DOVEY, T. M.; STAPLES, P. A.; GIBSON, E. L. & HALFORD, J. C. G. Food neophobia and ‘picky/fussy’ eating in children: a review. Appetite, 50 (3):181-193, 2008.
FISCHLER, C. L’(h)omnivore. Barcelona: anagrama, 1990.
FLIGHT, I.; LEPPARD, P. & COX, D. N. (2003) Food neophobia and associations with cultural diversity and socio-economic status amongst rural and urban australian adolescents. Appetite, (41): 51-59, 2003.
FRANK, R. A. & KLAAUW, N. V. D. The contribution of chemosensory factors to individual differences in reported food preferences. Appetite, (22):101–123, 1994.
GUERRERO, L.; GUÀRDIA, M. D.; XICOLA, J.; VERBEKE, W.; VANHONACKER, F.; ZAKOWSKA-BIEMANS, S. & SCALVEDI, M. L. Consumer-driven definition of traditional food products and innovation in traditional foods. A qualitative cross-cultural study. Appetite, 52(2), 345-354, 2009.
GOULART, G. S.; LUCCHESE-CHEUNG, T. Alimentos inovadores: comportamentos neofóbicos e desafios para as indústrias do setor. Gest. Prod., São Carlos, 21 (3), p. 491-502, set, 2014.
HAIR, JF.; BLACK, W.C.; BABIN, B.J.; ANDERSON, R.E. & TATHAM, R.L. Análise multivariada de dados. 6.ed. Porto alegre, bookman, 688p, 2009.
HURSTI, U.K. & SJODÉN, P. Food and general neophobia and their relationship with selfreported food choice: familiar resemblance in swedish families with children of ages 7-17 years. Appetite, 29 (1): 89-103, 1997.
KOIVISTO, U. & SJÖDÉN, P. Food and general neophobia in swedish families: parent–child comparisons and relationships with serving specific foods. Appetite, 26 (2):107–118, 1996.
MEISELMAN, H.; KING, S. & GILLETTE, M. The demographics of neophobia in a large commercial us sample. Food quality and preference, 21 (1):893–897, 2010.
MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
MOONEY, K. M.; WALBOURN, L. When college students reject food: not just a matter of taste. Appetite, 36 (1):41-50, 2001.
NORDIN, S.; BROMAN, D. A.; GARVILL, J.; NYROOS, M . Gender differences in factors affecting rejection of food in healthy young swedish adults. Appetite, 43 (3):295-301, 2004.
PARENTE, P.C. Um estudo sobre a satisfação no trabalho – uma aplicação do modelo logit ordenado. Faculdade de economia Nova de Lisboa. Lisboa, 17p, 2000.
PESQUISA DE INOVAÇÃO PINTEC (2014) Disponível em: http://www.pintec.ibge.gov.br/downloads/manual_de_instrucoes_pintec_%202014.pdf Acessado: 10/04/2016.
PEREIRA, J.C.R. Análise de dados qualitativos: estratégias metodológicas para as ciências da saúde, humanas e sociais. São Paulo: Edusp. 157p, 1999.
PORTER, M. Estratégia competitiva. Ed. Campus: rio de janeiro, 1986.
POULAIN, J.P. Sociologias da alimentação. Florianópolis: UFSC, 2004.
POULAIN, J.P. & PROENÇA, R. P. D. C. Reflexões metodológicas para o estudo das práticas alimentares. Rev. Nutr., campinas, 16 (4):365-386, 2003.
ROLLIN, F; KENNEDY, J & WILLS, J. Consumers and new food technologies. Trends in food science & technology, 22 (2):99-111, 2011.
ROZIN, P.; KURZER, N.; COHEN, A.B. Free associations to ‘‘food:’’ the effects of gender, generation, and culture. Journal of research in personality, 36 (1):419–441, 2002.
SANJUÁN-LÓPEZ, A.; PHILIPPIDIS, G.; RESANO-EZCARAY, H. How useful is acceptability to explain economic value? An application on the introduction of innovative saffron products into commercial markets. Food quality and preference, 22 (3):255–263, 2011.
SCHICKENBERG, B.; ASSEMA, P. V.; BRUG, J. & VRIES, N. DE. Level of food neophobia in dutch adults and association with familiarity with and willingness to try new healthful food products. Appetite, 47 (2):257-279, 2006.
SCHUMPETER, J. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de janeiro: Jorge Zahar editor, 1984.
SIDONIO, L.; CAMPANEMA, L.; DUQUE GUIMARÃES, D. & CARNEIRO AMARAL, J.V. Inovação na indústria de alimentos: importância e dinâmica no complexo agroindustrial brasileiro. In: Sidonio, Luiza, et al. inovação na indústria de alimentos: importância e dinâmica no complexo agroindustrial brasileiro. BNDES setorial 37: 333-370, 2013.
TEECE, D. As aptidões das empresas e o desenvolvimento econômico: implicações para as economias de industrialização recente. In: kim, l; nelson, r. (orgs.). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Editora Unicamp: Campinas, 2005.
TUORILA, H.; LÄHTEENMÄKI, L.; POHJALAINEN, L. & LOTTI, L. Food neophobia among the finns and related responses to familiar and unfamiliar foods. Food quality and preference, 12 (1):29–37, 2001.
YAMAMOTO, M. E.; LOPES, F. D. A. A evolução do comportamento alimentar: selecionando o que comer. Fapern, 1 (4):21-24, 2006.
WOOLDRIDGE, J. Econometric analysis of cross section and panel data. Mit press, cambridge: Ma, 752p, 2002.
POLÍTICA DE DIREITOS AUTORAIS E CONFLITO DE INTERESSES
A Revista Desafio Online (DOn) baseia suas políticas éticas e normas nas diretrizes apresentadas pelo Comimittee on Publication Ethics – COPE (https://publicationethics.org/), em razão de seu compromisso com a qualidade editorial e ética científica.
Dever dos editores e equipe editorial:
- Decidir quais serão os artigos avaliados, baseados em sua qualidade, relevância acadêmica, conteúdo e adequação às diretrizes de submissão, sem discriminar, nenhum autor, por gênero, sexo, raça, orientação sexual, pensamento político, afiliação institucional, religião, naturalidade, nacionalidade, identidade étnico-cultural, ou outra forma de distinção social.
- Decidir e se responsabilizar pelos trabalhos que serão publicados (editor-chefe) seguindo as normas da política editorial, bem como os requisitos legais em vigor, no que se refere ao plágio, violação de direitos autorais e difamação.
- Não divulgar dados dos trabalhos além dos autores, pareceristas e membros do conselho editorial, zelando pela confidencialidade das informações.
- Não utilizar, ou se apropriar, do conteúdo original dos trabalhos submetidos, ainda não publicados.
- Não acompanhar o processo editorial do artigo em caso de existência de conflitos de interesses.
- Garantir que as submissões passem pelo processo de revisão duplo-cega (double-blind), sendo avaliado por, no mínimo, dois pareceristas.
- Atender aos princípios de boas práticas e transparência, averiguando condutas contrárias a estes, apresentando providências adequadas.
Dever dos pareceristas ad hoc:
- Auxiliar o corpo editorial, e os autores, no que tange a escolha das decisões editoriais, realizando a revisão sem qualquer tipo de distinção política, cultural, ou social, dos autores.
- Cumprir o prazo de resposta e data limite da avaliação, comunicando os editores nos casos de impossibilidade de realizar o trabalho.
- Abster-se de realizar a avaliação quando pouco capacitados ou não aptos, sobre o conteúdo do artigo. O declínio também deve ocorrer, na existência de qualquer conflito de interesses existente, por parte do avaliador.
- Respeitar o sigilo dos arquivos recebidos, sem que sejam divulgados, expostos ou conversados os conteúdos dos artigos, sem a permissão do editor-chefe, existindo a necessidade. O conteúdo dos trabalhos não deve ser utilizado para benefício próprio.
- Seguir os critérios de avaliação estipulados nas diretrizes, recomendando ajustes e melhorias, sem nunca realizar críticas ou ataques pessoais aos autores.
- Indicar referências de materiais adicionais que sejam pertinentes ao tema.
- Comunicar, aos editores, a existência de publicações anteriores, do mesmo trabalho.
- Os revisores serão incluídos na lista de pareceristas da Revista Desafio Online (DOn). Havendo a solicitação, eles podem receber uma Declaração de Avaliação formal, do Editor-Chefe. Para isso devem informar o nome completo e CPF, por e-mail.
Dever dos autores:
- Apresentar relatos precisos das submissões, com detalhes e referências necessárias à replicação, por terceiros. Dados implícitos devem ser precisamente apresentados, no artigo. Afirmações propositalmente incorretas, ou deturpadas, são tidas como má conduta ética, sendo inadmissíveis.
- Responsabilizar-se pela elaboração do material submetido, devendo o mesmo ser original, resguardando a autenticidade do conteúdo.
- Informar, através de citações adequadas, fontes de ideias e informações derivadas de outros trabalhos, evidenciando-as nas referências. A apropriação indevida de informações e trechos de trabalhos anteriormente publicados, sem a citação da fonte, se caracteriza como plágio e, nesses casos, o periódico se reserva o direito de rejeitar o trabalho, considerando tal prática antiética e inadmissível.
- Não submeter trabalhos que possuam, de forma substancial, a mesma investigação, para outros periódicos, ou mesmo que já tenha sido, anteriormente, publicado. Trabalhos publicados, anteriormente, em congressos serão aceitos para publicação apenas em caso de parcerias Fast Track com o evento. Artigos derivados de trabalhos de conclusão de curso, dissertações ou teses serão aceitos apenas mediante a inexistência de publicações em outros periódicos ou eventos, devendo, o autor principal, se responsabilizar pela indicação de outras autorias. A Revista Desafio Online respeita o prazo de 12 meses entre publicações de um mesmo autor.
- Atribuir a autoria do trabalho apenas àqueles que fizeram contribuições significativas em sua elaboração, sendo estes indicados como coautores, pelo autor principal, se responsabilizando, integralmente, pelo conteúdo. O autor principal deve fornecer os contatos de e-mails dos envolvidos, e certificar-se de que todos aprovaram a versão final do trabalho, consentindo com sua submissão.
- Declarar qualquer forma existente de conflitos de interesses, bem como apresentar toda e qualquer fonte de auxílio financeiro existente.
- Colaborar, com os editores, quanto à correção e atualização do seu artigo, através de erratas, ao identificar erros ou informações imprecisa que seja relevante na publicação.
- Atentar às decisões editoriais, e ao processo de avaliação e revisão, atendendo, o mais rápido possível, as requisições, mantendo seus dados cadastrados atualizados. Pede-se que as adequações sejam realizadas em até 30 dias, considerando o reenvio dos trabalhos.
- Disponibilizar, caso solicitado, os dados brutos da pesquisa, juntamente com o artigo, para revisão editorial. Os dados utilizados devem se manter acessíveis por, pelo menos, 10 anos após a publicação, considerando a proteção da confidencialidade dos autores, bem como os direitos jurídicos relacionados aos dados.
Arquivamento
A Revista Desafio Online utiliza o sistema LOCKSS. Este é um software livre desenvolvido pela Biblioteca da Universidade de Stanford, que permite preservar revistas online escolhidas ao sondar as páginas das mesmas por conteúdo recém publicado e arquivando-o. Cada arquivo é continuamente validado contra cópias de outras bibliotecas. Caso o conteúdo esteja corrompido ou perdido, as cópias são usadas para restauração.
ÉTICA E ANTIPLÁGIO
Os trabalhos submetidos à Revista Desafio Online (DOn) passarão por software detector de plágio (CopySpider), a qualquer momento, durante o processo editorial. Trabalhos que apresentem mais de 5% de similaridade com outras publicações não serão aceitos, de modo que tais submissões podem ser rejeitadas a qualquer momento, no processo editorial.
Os autores transferem todos os direitos autorais do artigo para a Revista Desafio Online. Qualquer reprodução, total ou parcial, em meios impressos ou eletrônicos, deverá ser solicitada por meio de autorização. A reprodução, caso autorizada, fará constar o competente registro e agradecimento à Revista.
Todos os artigos publicados, online e de livre acesso aos leitores, tem licença Creative Commons, de atribuição, uso não comercial e compartilhamento por ela.
As obras deste site estão licenciadas sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil
PUBLICAÇÕES DA EQUIPE EDITORIAL
Não é permitida a submissão de trabalhos pelo editor-chefe e coeditores do periódico, garantindo a imparcialidade no processo editorial.