CARACTERÍSTICAS E ATITUDE EMPREENDEDORAS DOS ALUNOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

  • Cristiane Krüger Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Rafaela Escobar Bürger Universidade Federal de Santa Catarina
  • Italo Fernando Minello Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Resumen

O ensino deve oportunizar conhecimentos que ampliem a formação superior, deve estar em sintonia com as demandas da sociedade e com a geração de capital intelectual. Ações promotoras de atitude e características comportamentais empreendedoras no âmbito das universidades agregam participação dos agentes que interagem no processo, colaborando com o desenvolvimento da mentalidade empreendedora. Neste sentido, o estudo objetivou identificar e analisar as características e atitude empreendedoras dos graduandos de um centro da Universidade Federal de Santa Maria. A metodologia é quantitativa, exploratória e descritiva, baseada em pesquisa teórico-empírica. Foram aplicados dois instrumentos – CCE’s e IMAE – os resultados podem contribuir para pesquisas relacionadas aos temas abordados e, evidenciaram que os discentes apresentam características comportamentais empreendedoras, no entanto, estas, podem ser aprimoradas; a atitude empreendedora revelou resultados positivos. O estudo limitou-se aos instrumentos utilizados, para estudos futuros sugere-se contemplar uma maior amostra e desenvolver uma escala de medida para análise do comportamento empreendedor em instituições de ensino.

Biografía del autor/a

Cristiane Krüger, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Doutoranda em Administração pela UFSM,
Mestra em Administração pela UFSM,
Graduada em Ciências Contábeis pela Urcamp
Graduada no Programa Especial para Formação de Professores-PEG, pela UFSM.
Atualmente é professora substituta do curso de Ciências Contábeis, UFSM

Rafaela Escobar Bürger, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda em Administração pela UFSC

Mestra em Administração pela UFSM

Italo Fernando Minello, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Doutor em Administração pela FEA-USP

Professor do PPGA-UFSM

Citas

Balconi, S. B. (2016). A influência das atividades de educação empreendedora sobre as características empreendedoras dos alunos de graduação da UFSM. Dissertação (Mestrado em Gestão de Organizações Públicas). UFSM, Santa Maria.

Bartel, G. (2010) Análise da evolução das características comportamentais empreendedoras dos acadêmicos do curso de Administração de uma IES catarinense. Dissertação de mestrado. Mestrado em Administração.

Bernardes, M. A. (2010). Papel da universidade em ações de organização e fomento de negócios em regiões carentes: algumas propostas. Revista Eletrônica Gestão e Serviços, v. 1, n. 2, ago./dez., p. 10-129.

Brancher, I. B., Oliveira, E. M. & Roncon, A. (2012). Comportamento empreendedor: estudo bibliométrico da produção nacional e a influência de referencial teórico internacional. Internext – Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 166-193, jan./jun.

Brancu, L., Guðmundsdóttir, S., Gligor, D. & Munteanu, V. (2015). Is Culture a Moderator of Entrepreneurship Motivation? A Comparative Study of Romania and Iceland. The amfiteatru economic journal, 38(17).

Brants, J. B.; Oliveira, C. M.; Casemiro, I. P. Licório, A. M. O. & Reboli, R. C. (2015) Empreendedorismo acadêmico no curso de Administração da UNIR. Pretexto, v. 16, n. 2.

Ching, H. Y. & Kitahara, J. R. (2015). Propensão a empreender: uma investigação quantitativa baseada nas características empreendedoras de alunos do curso de administração. Revista de Ciências da Administração, v. 17, n. 43, p. 99-111, dezembro.

Clark, J. R. & Lee, D. R. (2006). Freedom, entrepreneurship and economic progress. Journal of Entrepreneurship, v. 15, n. 1, p. 1-17.

Collis, J. & Hussey, R. (2005). Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. Bookman.

Cunha, R. A. N. (2004). A universidade na formação de empreendedores: a percepção prática dos alunos de graduação. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Curitiba, PR, Brasil.

Da Rocha, A. C.; Machado, R.; Moro, S. & Halicki, Z. (2016). Comportamento, atitudes e práticas empreendedoras: um resgate teórico dos pressupostos que abordam a temática. Revista Livre de Sustentabilidade e Empreendedorismo, 1(1), 44-60.

Dancey, C. P. & Reidy, J. (2013). Estatística Sem Matemática para Psicologia: Usando SPSS para Windows. 5 ed. Porto Alegre: Penso.

De Massis, A.; Sieger, P.; Chua, J. H. & Vismara, S. (2016). Incumbents' Attitude Toward Intrafamily Succession: An Investigation of Its Antecedents. Family business review. V. 29, n. 3.

Dolabela, F. (2008). Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante.

Duran-Aponte, E. & Arias-Gomez, D. (2016). Entrepreneurial attitude and emotional styles. Contributions to the design of the training of future entrepreneurs. Revista gestion de la educacion. V. 6, n. 2.

Ferreira, G. C.; Soria, A. F. & Closs, L. (2012). Gestão da interação Universidade – Empresa: o caso PUCRS. Revista Sociedade e Estado – v. 27 n.1, Janeiro/Abril.

Entrialgo, M. & Iglesias, V. (2016). The moderating role of entrepreneurship education on the antecedents of entrepreneurial intention. International entrepreneurship and management journal. v. 12, n. 4.

Fayolle, A. & Gailly, B. (2015). The Impact of Entrepreneurship Education on Entrepreneurial Attitudes and Intention: Hysteresis and Persistence. Journal of small business management, V. 53, 1.

Fonseca, J. S., & Martins, G. (1996). Curso de Estatística. São Paulo. Atlas.

Frota, G. B., Brasil, M. V. O. & Fontenele, R. E. S. (2014). Influência das características socioeconômicas, capacidade de gestão e comportamento empreendedor no sucesso dos empreendedores participantes do programa de microcrédito do Banco Palmas. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v.3, n.2, p. 42-69.

Furtado, A. (2016). Desemprego entre jovens: situação do Brasil e lições da experiência internacional. Estudo técnico. Brasília: Edições Câmara.

Gasse, Y.; Tremblay, M. Entrepreneurial beliefs and intentions: a cross-cultural study of university students in seven countries. International Journal of Business, v. 16, n. 4, p. 303, 2011.

Gomes, M. S.; Gonçalo, C. R.; Pereira, C. D. & Vargas, S. L. (2014). A inovação como conexão para o desenvolvimento de parcerias entre universidade-empresa. Navus - Revista de Gestão e Tecnologia. Florianópolis, SC, v. 4, n. 2, p. 78-91, jul./dez.

Guimarães, L. O. (2002). Empreendedorismo no currículo dos cursos de graduação e pós-graduação em Administração: análise da organização didático-pedagógica destas disciplinas em escolas de negócios norte-americanas. In: Encontro Nacional da Associação Nacional dos Cursos de Pósgraduação em Administração, 2002, Atibaia. Anais... Atibaia: Enanpad.

Hair Jr, J. F. Jr., Black, W. C. & Babin, B. Análise multivariada de dados. Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2010). 6a ed., A. Sant’Anna, Trad. Porto Alegre: Bookman.

Handrimurtjahjo, A. D.; Setiadi, N. J. & Kuncoro, E. (2015) The Role of Entrepreneurship Education in Forming Students' Entrepreneurial Attitudes. Advanced science letters. v. 21, n. 4.

Hathaway, I. & Litan, R. E. (2014). Declining business dynamism in the United States: A look at states and metros. Brookings Institution.

Ibrahim, N. & Mas’ud, A. (2016). Moderating role of entrepreneurial orientation on the relationship be-tween entrepreneurial skills, environmental factors and entrepreneurial intention: A PLS approach. Management Science Letters, v. 6, n. 3, p. 225-236.

Krüger, C. & Minello, I. F. Educação empreendedora: Características e atitide. Novas Edições Acadêmicas. 2017.

Leech, N. L., Barret, K. C. & Morgan, G. A. (2005). SPSS for intermediate statistics: use and interpretation.

Leiva, J. C.; Alegre, J. & Monge, R. (2014). The influence of Entrepreneurial learning in new Firms’ performance: a study in costa rica. Rev. innovar, vol. 24, edición especial.

Lopes, L. F. D. (2003). Estatística geral. Caderno didático. Santa Maria: UFSM.

Lima, E.; Lopes, R. M. A.; Nassif, V. M. J., & Silva, D. (2015). Ser seu Próprio Patrão? Aperfeiçando-se a educação superior em empreendedorismo. RAC, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, art. 1, pp. 419-439, Jul./Ago.

Lima, E., Nassif, V. M. J., Lopes, R. M. A., & Silva, D. (2014). Educação Superior em Em-preendedorismo e Intenções Empreendedoras dos Estudantes – Relatório do Estudo GUESSS Brasil 2013-2014. Grupo APOE – Grupo de Estudo sobre Administração de Pequenas Organizações e Empreendedorismo, PPGA-UNINOVE. Caderno de pesquisa, n. 2014-03. São Paulo: Grupo APOE.

Lorentz, M. H. N. (2015). O Comportamento Empreendedor de Diretores da UFSM e sua percepção quanto à Universidade Empreendedora. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Gestão de Organizações Públicas do Programa de Pós-Graduação em Administração.

Madan, M. & Popli, A. (2016) Perception of educators on entrepreneurship education: an empirical study. Jims8m-the journal of indian management & strategy. v. 21, n, 3.

Management Systems International (MSI) (1990). Final Report: entrepreneurship training and the strengthening of entrepreneurial performance.

Mansfield, R. S.; McClelland, D. C.; Spencer, J. L. M. & Santiago, J. (1987). The identification and assessment of competencies and other personal characteristics of entrepreneurs in developing countries. Final Report. McBer and Compay. Massachusetts.

Marinho, E. S. (2016). Processo de incubação, características empreendedoras e aprendizagem empreendedora: uma perspectiva interativa. Dissertação (Mestrado em Gestão de Organizações Públicas) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.

McClelland, D. C. (1961). The achievement society. Princeton: D. Van Nostrand Co.

McClelland, D. C. (1972). A sociedade competitiva: realização e progresso social. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura.

McClelland, D. C. (1978). Managing motivation to expand human freedom. American Psychologist, Washington, v. 33, n. 1. p. 201-210, Mar.

McClelland, D. C. (1987). Characteristics of Successful Entrepreneurs. The Journal or Creative Behavior, v. 21, n. 3. p. 219-233.

McNally, J. J.; Martin, B. C.; Honig, B; Bergmann, B. & Piperopoulos, P. (2016) Toward rigor and parsimony: a primary validation of Kolvereid's (1996) entrepreneurial attitudes scales. Entrepreneurship and regional development. v. 28, n. 5.

Mendes, M. T. T. (2011). Educação Empreendedora: uma visão holística do empreendedorismo na educação. Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação - Universidade Católica Portuguesa – Faculdade de Educação e Psicologia. Lisboa.

Minello, I. F. (2014). Resiliência e Insucesso Empresarial: o comportamento do empreendedor diante do fracasso nos negócios. Curitiba: Appris.

Minello, I. F. & Scherer, L. A. (2014). Comportamento e tipologia do empreendedor diante do insucesso empresarial. Revistas Sociais e Humanas. v. 27, n. 1.

Morales-Alonso, G.; Pablo-Lerchundi, I. & Vargas-Perez, A. M. (2016). An Empirical Study on the Antecedents of Knowledge Intensive Entrepreneurship. International journal of innovation and technology management. v. 13, n. 5.

Raufflet, E.; Bres, L. & Filion, L. J. (2014). Desenvolvimento sustentável e empreendedorismo. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 3, n.1, p.3-32.

Rocha, E. L. C. & Freitas, A. A. F. (2014). Avaliação do Ensino de Empreendedorismo entre Estudantes Universitários por meio do Perfil Empreendedor. Revista de Administração contemporânea. RAC, Rio de Janeiro, v. 18, n. 4, art. 5, pp. 465-486, Jul. /Ago.

Ribeiro, P. E. & Bernardes, M. A. (2014). O papel da universidade no desenvolvimento do comportamento empreendedor em regiões carentes. Revista Eletrônica Gestão e Serviços, 5(2), 978-993.

Sampieri, R. H.; Collado, C.F. & Lucio, P.B. (2013). Metodologia da Pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill.

Singer, S.; Amorós J. E. & Arreola, D. M. (2015). Global Entrepeneurship Monitor 2014 Global Report. London: Global Entrepreneurship Research Association.

Sousa, A.; Couto, G.; Branco, N.; Silva, O., & Bacelar-Nicolau, H. (2015). Entrepreneurship education: the role of the higher education institutions on the entrepreneurial attitudes of the students. Iceri2015: 8th international conference of education, research and innovation.

Souza, E. C. L. & Lopez Jr., G. S. (2005). Atitude empreendedora em proprietários-gerentes de pequenas empresas: construção de um instrumento de medida. Revista Eletrônica de Administração, v. 11, n. 6, p. 1-21, nov./dez.

Storopoli, J. E.; Binder, M. P. & Maccari, E. A. (2013). Incubadoras de empresas e o desenvolvimento de capacidades em empresas incubadas. RCA, v. 15, n. 35.

Tschá, E. R., & Cruz Neto, G. G. (2014). Empreendendo colaborativamente ideias, sonhos, vidas, e carreiras: o caso das células empreendedoras. In: Becker, A. R. Educação Empreendedora: a formação de futuros líderes. In: Gimenez, F. A. P. et. al. (org.) Educação para o empreendedorismo. Curitiba: Agência de Inovação da UFPR.

Vergara, S. C. Métodos de Pesquisa em Administração. 6. ed. Atlas, 2015.

Zampier, M. A. & Takahashi, A. R. W. (2011). Entrepreneurial competencies and processes of entrepreneurial learning: a conceptual research model. Cadernos EBAPE. BR, v. 9, n. SPE1, p. 564-585.

Publicado
2018-12-05
Sección
Artigos