Parque Nacional Serra de Itabaiana: Implementação e Gestão de Uma Unidade Conservação e os Moradores dos Povoados de Seu Entorno

  • Claydivan Wesley dos Santos Souza Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa de Mestrados em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UFS.
  • Luanne Michella Bispo Nascimento Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa de Mestrados em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UFS
  • Marcelo Alario Ennes Pós Doutor e pesquisador colaborador do Centro de Estudos sobre Migrações e Relações Intercultural UAb/Portugal. Atuou como docente e orientador do Programa de Mestrados em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UFS entre 2007 e 2012. Docente do Departamento de Educação do Campus de Itabaiana/UFS. Professor e Orientado do Programa de Pós-Graduação em Sociologia – PPGS/UFS.

Resumen

O presente artigo reflete sobre inserção de moradores de povoados do entorno do Parque Nacional Serra de Itabaiana (PARNASI) no processo de sua implementação e gestão. O período estudado concentra-se no ano de 2012, ainda que tenhamos utilizado dados e outras informações obtidas a partir de 2007. Trata-se de um tema de extrema importância para o debate sobre gestão ambiental de modo a explicitar dimensões que extrapolam sua dimensão técnica e normativa e permite explicitar seus aspectos políticos. O artigo reúne resultados de duas dissertações de mestrado defendidas junto ao Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal de Sergipe. Resulta, também, das atividades de orientação em pesquisa em nível de Iniciação Científica e Pós-Graduação desenvolvidas no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisa “Processos Identitários e Poder” (GEPPIP), em especial, aquelas relacionadas à linha de pesquisa “Conflitos Ambientais e Processos Identitários”. Esse texto insere-se em um campo de estudo onde o ambiente não está dissociado do social. Isto é, em campo no qual a garantia da preservação do meio ambiente não pode ser realizada em detrimento ou em contradição com a superação da pobreza, do analfabetismo e de outras expressões da vulnerabilidade social. Além disso, esse estudo trata de populações que, ainda que em sua diversidade, mantenham relações de sobrevivência econômica com os recursos naturais da área do Parque, não podem ser consideradas tradicionais, já que estão inseridas, em sua maioria, em relações de produção de mercado e por dependerem de mecanismos de transmissão de conhecimento e informações reconhecidamente não tradicionais como a escola, a televisão, o rádio etc.
Publicado
2015-12-01
Sección
Artigos