EFEITOS DA CULTURA ORGANIZACIONAL NO CONTROLE GERENCIAL DE UMA AGÊNCIA DE TURISMO DE CAMPO GRANDE – MS SOB A ÓTICA DO GESTOR

Abstract

O objetivo desta pesquisa foi analisar como se dá a Cultura Organizacional e sua influência no Controle Gerencial em uma agência de turismo de Campo Grande – MS na visão de seu gestor. Para alcançar este objetivo, realizou-se uma análise na literatura existente baseada nos principais autores que abordam os temas pesquisados e utilizou-se a estratégia de pesquisa qualitativa estudo de caso, na qual os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada com o proprietário/gestor da agência participante. Para análise dos dados foram empreendidas técnicas de análise de conteúdo e para processamento dos mesmos utilizou-se o software Iramuteq, cujos outputs melhoram a apresentação dos dados de texto para o leitor. O resultado da análise revela a Cultura Organizacional da empresa que interfere em sua reação e escolha, dessa forma observou-se através da teoria da Contingência que o fator contingencial Cultura Organizacional pode provocar algumas das mudanças estruturais ou das adaptações da empresa perante os desafios, de acordo com sua identidade organizacional. A utilização de mecanismos de Controle Gerencial nesta agência iniciou-se também por influência de fatores contingenciais como Tecnologia e Estratégia, como adaptações às mudanças tecnológicas sofridas pelo ramo.

Author Biography

Elisangela Ribeiro Felizardo de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Contadora e mestranda em Ciências Contábeis pela UFMS

References

Abdel-Kader, M.; Luther, R. (2008). The impact of firm characteristics on management accounting practices: a UK-based empirical analysis. The British Accounting Review, 40(1), 2-27. https://doi.org/10.1016/j.bar.2007.11.003

Alves, A. B. (2010). Desenho e uso dos sistemas de controle gerencial e sua contribuição para a formação e implementação da estratégia organizacional (Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo).

Angelo, E. R. B. (2012). Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj.

Ansoff, H. I.; McDonnell, E. J. (1993). Implantando a administração estratégica. 2. ed. São Paulo: Ed. Atlas.

Atkinson, A. A.; Banker, R. D.; Kaplan, R. S.; Young, S. M. (2000). Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas.

Bardin, L. (1997). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Brandt, V. A. (2010). A contabilidade gerencial e sua relação com a teoria institucional e da teoria da contingência. Revista Ciências Sociais em Perspectiva, 9(17), 135-147. http://dx.doi.org/10.5935/rcsp.v9i17.3532

Brasil, Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006,

Camargo, B. V.; Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513-518. http://dx.doi.org/10.9788/TP2013.2-16

Chenhall, R. H. (2003). Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, Organizations and Society, 28(2-3), 127-168.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Bookman.

Crozatti, J. (1998). Modelo de gestão e cultura organizacional: conceitos e interações. Caderno de Estudos, 10(18), 1-20. https://doi.org/10.1590/S1413-92511998000200004

Da Silva Faia, V.; Milan, J. B.; Gomes, J. S. (2013). Avaliação do sistema de controle gerencial de uma empresa do setor químico: um estudo de caso. Revista Contemporânea de Contabilidade, 10(19), 97-118. https://doi.org/10.5007/2175-8069.2013v10n19p97

Da Silva, A. S.; da Fonseca, A. C. P. D. (2007). A Cultura Organizacional como Mecanismo de Controle: o Caso da Adoção do Contrato de Gestão da Marinha do Brasil. Contabilidade Vista & Revista, 18(3), 11-35.

De Oliveira, E. L.; Beuren, I. M. (2009). Adequação dos controles de gestão às contingências ambientais em empresa familiar do ramo de papel e celulose. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 14(1), 33-49. https://doi.org/10.12979/rcmccuerj.v14i1.5534

De Paula, S. D. R. O ciclo de vida das microempresas e empresas de pequeno porte no Brasil. Anais... Congresso Internacional de Administração. Ponta Grossa/PR, vol. 20.

Deal, T. E.; Kennedy, A. A. (1983). Corporate cultures: the rites and rituals of corporate life. London: Addison-Wesley.

Dias, R. (2008). Sociologia nas organizações. São Paulo: Atlas.

Durkheim, É. (1987). As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional.

Espejo, M. M. D. S. B.; Costa, F.; Cruz, A. P. C. D.; Almeida, L. B. D. (2009). Uma análise crítico-reflexiva da compreensão da adoção dos artefatos de contabilidade gerencial sob uma lente alternativa a contribuição de abordagens organizacionais. Revista de Contabilidade e Organizações, 3(5), 25-43. https://doi.org/10.11606/rco.v3i5.34730

Fleury, M. T. L. (1996). Desvendar a cultura de uma organização: uma discussão metodológica. In: Fleury, M. T. L.; Fischer, R. M. Cultura e poder nas organizações. São Paulo: Atlas.

Frezatti, F.; Rocha, W.; Nascimento, A. R. D.; Junqueira, E. (2009). Controle gerencial: uma abordagem da contabilidade gerencial no contexto econômico, comportamental e sociológico. São Paulo: Atlas.

Frezatti, F., de Souza Bido, D., da Cruz, A. P. C., & de Camargo Machado, M. J. (2015). A estrutura de artefatos de controle gerencial no processo de inovação: existe associação com o perfil estratégico? Brazilian Business Review, 12(1), 129.

Gomes, J. S. (1999). Controle de gestão: uma abordagem contextual e organizacional – textos e casos. São Paulo: Atlas.

Gomes, J. S.; Rocha, E. (1996). Controle gerencial, simbolismo e cultura. Rio de Janeiro: COPPEAD/UFRJ.

González, J. A. M. (2011). Marketing Turístico Online. Revista de Investigación en Turismo y Desarrollo Local, 4(9), 1-13.

Guerra, A. R. (2007). Arranjos entre fatores situacionais e sistema de contabilidade gerencial sob a ótica da teoria da contingência. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Hofstede, G.; Hofstede, G. J.; Minkov, M. (2010). Cultures and organizations: software of the mind – intercultural cooperation and its importance for survival. London: McGraw-Hill.

Iudícibus, S. (2012). Teoria da contabilidade: evolução e tendências. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 17(2), 5-13.

Merchant, K. A. (1984). Influences on departmental budgeting: An empirical examination of a contingency model. Accounting, Organizations and Society, 9(3-4), 291-307.

Metz, J.; Monard, M. C. (2005). Clustering hierárquico: uma metodologia para auxiliar na interpretação dos clusters. Anais XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação. São Leopoldo-RS: Sociedade Brasileira de Computação.

MTUR - Ministério do Turismo. (2016). Dados e fatos do turismo brasileiro. Disponível em: http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/ultimas-noticias/2615-mais-de-95-dos-turistas-estrangeiros-que-vieram-ao-pa%C3%ADs-pretendem-voltar.html. Acesso em 04 fev. 2020.

Morgan, G. (2002). Imagens da organização. São Paulo: Atlas.

Otley, D. (2016). The contingency theory of management accounting and control: 1980–2014. Management Accounting Research, 31, 45-62.

Padoveze, C. L. (2013). Controladoria Básica. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning.

Peleias, I. R. (2002). Controladoria: gestão eficaz utilizando padrões. São Paulo: Saraiva.

Ribeiro Filho, J. F.; Lopes, J.; Pederneiras, M. (2009). Estudando teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas.

Richardson, R. J.; Peres, J. A. (1985) Pesquisa social: métodos e técnicas. Atlas. Rio de Janeiro: Campus.

Robbins, S. P. (2005). Administración. Londres: Pearson educación.

Schein, E. H. (1975). Consultoria de procedimentos: seu papel no desenvolvimento organizacional. São Paulo: Ed. Edgard Blücher.

Schein, E. H. (2009). Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas.

Soutes, D. O. (2006). Uma investigação do uso de artefatos da contabilidade gerencial por empresas brasileiras. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Stoner, J. A. F.; Freeman, R. E. (1985). Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall.

Thayer, L. O. (1976). Princípios de comunicação na administração. São Paulo: Atlas.

Torquato, F. G. (2002). Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Thomson.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

Van Maanen, J.; Schein, E. H. (1979) Toward a theory of organization socialization. Research in Organizational Behavior, 1, 209-264.

Wrigt, P.; Kroll, M. J.; Parnell J. (2000). Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas.

WTTC. World Travel & Tourism Council (2020, fevereiro, 20). Brazil 2020 Annual Research: Key Highlights. https://wttc.org/en-us/Research/Economic-Impact

Yin, R. (2001) Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman.

Published
2020-09-14
Section
Artigos