TRAJETÓRIAS E AUTOPERCEPÇÕES DE METÁFORAS OCUPACIONAIS: UM ESTUDO COM PROFISSIONAIS EM INÍCIO DE CARREIRA

Palavras-chave: Trajetórias Ocupacionais, Metáforas de Carreira, Perfis de Carreiras, Geração Y, Gênero.

Resumo

Este artigo tem como propósito apresentar os resultados do estudo destinado a investigar influências demográficas em percepções de autoimagens de carreira (metáforas de Inkson) e preferências em perfis de carreiras (tradicionais e dinâmicas) junto a graduandos em Administração. O estudo realizado utilizou-se do método quantitativo com aplicação de estatística descritiva, amostragem por conveniência. Quanto aos resultados, a análise dos perfis de trajetórias ocupacionais corrobora achados de pesquisas que apontam para a influência de gênero quanto ao processo de escolha do perfil por parte dos indivíduos, tendo-se identificado junto às respondentes do sexo feminino tendência levemente superior quanto ao perfil de trajetória tradicional. Em relação às análises do construto das metáforas de carreira, tanto o fator gênero como geracional constituíram pontos de indagação, ao se especular se esses não seriam possíveis intervenientes no processo cognitivo às imagens metafóricas.

Biografia do Autor

Marcelo Costa de Souza, Universidade Fumec

Mestre em Administração (Universidade Fumec), MBA em Gestão Estratégica (UFMG), Administrador (Centro universitário Isabela Hendrix). Professor do programa MBA em Gestão de Pessoas do Senac MG.

Zélia Miranda Kilimnik, Ex-Coordenadora e Professora do programa de Doutorado e Mestrado da Universidade Fumec e da UFMG.

Doutora em Administração (UFMG), Mestre em Administração (UFMG), Psicóloga (UFMG). Ex-Coordenadora e Professora do programa de Doutorado e Mestrado da Universidade Fumec e da UFMG.

Anderson de Souza Sant'Anna, Professor do programa de Doutorado e Mestrado da Fundação Getúlio Vargas/ SP.

Doutor em Administração (UFMG), Doutor em Arquitetura e Urbanismo (UFMG), Mestre em Administração (UFMG), Administrador (UFMG). Professor do programa de Doutorado e Mestrado da Fundação Getúlio Vargas/ SP.

Referências

Andrade, G. A. (2009). Carreira tradicional versus carreira proteana: um estudo comparativo sobre a satisfação com a profissão, carreira e emprego. Projetos, dissertações e teses do Programa de Doutorado e Mestrado em Administração da Universidade Fumec, 4(1).

Arthur, M. B. (1994). The boundaryless career: A new perspective for organizational inquiry. Journal of organizational behavior, 15(4), 295-306.

Arthur, M. B., & Rousseau, D. M. (Eds.). (2001). The boundaryless career: A new employment principle for a new organizational era. Oxford University Press on Demand.

Baruch, Y. (2011) Transformações nas Carreiras: de trajetórias lineares para multidirecionais, 2004, In: Kilimnik, Z. M., Castilho, I. V. D., & Sant’Anna, A. D. S. (2006). Carreiras em transformação e seus paradoxais reflexos nos indivíduos: Metáforas de carreira e de competências. Comportamento organizacional e gestão, 12(2), 257-280.

Baruch, Y., Szűcs, N., & Gunz, H. (2015). Career studies in search of theory: the rise and rise of concepts. Career Development International, 20(1), 3-20.

Bendassolli, P. F. (2009). Recomposição da relação sujeito-trabalho nos modelos emergentes de carreira. RAE-Revista de Administração de Empresas, 49(4).

Briscoe, J. P., Hall, D. T., & DeMuth, R. L. F. (2006). Protean and boundaryless careers: An empirical exploration. Journal of Vocational Behavior, 69(1), 30-47.

Chanlat, J. F. (1995). Quais carreiras e para qual sociedade?(I). Revista de Administração de Empresas, 35(6), 67-75

Cornelissen, J. P. (2004). What are we playing at? Theatre, organization, and the use of metaphor. Organization Studies, 25(5), 705-726.

Cyrino, R. (2009). Trabalho, temporalidade e representações sociais de gênero: uma análise da articulação entre trabalho doméstico e assalariado. Sociologias, (21), 66-92.

Falaster, C., Ferreira, M. P., & Reis, C. (2015). Atributos que atraem a geração Y na escolha do emprego ideal: uma análise a partir da perspectiva de estudantes veteranos. Contextus–Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 13(3), 7-31.

Foja, C. R. (2009). O sentido do trabalho para a Geração Y: Um estudo a partir do jovem executivo. Dissertação de mestrado (Pós-Graduação) – Faculdade de Administração e Economia, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo. 161f.

Inkson, K. (2004). Images of career: Nine key metaphors. Journal of Vocational Behavior, 65(1), 96-111.

Inkson, K. (2010). The new career studies: metaphor in theory and teaching. Career Research & Development, (23), 9-11.

Inkson, K. (2002). Thinking creatively about careers: The use of metaphor. Career creativity: Explorations in the remaking of work, 15-34. 18.

Inkson, K., & Amundson, N. E. (2002). Career metaphors and their application in theory and counseling practice. Journal of Employment Counseling, 39(3), 98-108.

Inkson, K., Dries, N., & Arnold, J. (2014). Understanding careers: Metaphors of working lives. Sage.

Jung, C. G. (2008). (Org.) O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2.

Lemos, C. G. D., Bueno, J. M. H., Balão, S., Silva, L. B., & Silva, P. L. D. (2005). Carreira profissional e relações de gênero: um estudo comparativo em estudantes universitários. Boletim de Psicologia, 55(123), 129-148.

Malschitzky, N. (2004). Empregabilidade: um modelo para a instituição de ensino superior orientar e encaminhar a carreira profissional dos acadêmicos.

Martin, Carolyn, A. (2005). From high maintenance to high productivity. What managers need to know about Generation Y. Industrial and Commercial Training, 37(1), 39-44.

Olinto, G., Oliveira, Z. L. C. (2004). Gênero e trabalho precário no Brasil urbano: perspectivas de mudança. XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais.

Oliveira, F. B., & Souto Martins Müller, E. (2010). O perfil motivacional e inclinação de carreira do estudante e do profissional da Tecnologia da Informação. Revista ADM. MADE, 14(1), 51-73.

Oliveira, L. C. V., Kilimnik, Z. M., & de Oliveira, R. P. (2013). Da gerência para a docência: metáforas do discurso de transição. Revista Eletrônica de Administração, 19(2), 301-329.

Oliveira, M. Z. D., & Gomes, W. B. (2014). Estilos reflexivos e atitudes de carreira proteana e sem fronteiras nas organizações contemporâneas brasileiras. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 14(1), 105-118.

Peel, S., & Inkson, K. (2004). Contracting and careers: choosing between self and organizational employment. Career Development International, 9(6), 542-558.

Reis, P. N. C., da Silva Lucas, J., Mattos, K., de Oliveira Melo, F. A., & Silva, E. M. (2013). O alcance da harmonia entre as gerações Baby Boomers, XEY na busca da competitividade empresarial no século XXI. Simpósio de excelência em gestão e tecnologia, 10.

Sá, P. F, Lemos, A. H. C. & Cavazotte, F. D. S. C. N. (2014). Expectativas de carreira na contemporaneidade: O que querem os jovens profissionais?. Revista ADM. MADE, 18(2).

Salo, P., (2003). Does it pay to grow or pick pearls in the language? Metaphors in educational research. Kasvatustieteen Päivät, Finland, Helsinki.

Santos, Cristiane Ferreira dos, et al. (2011). O processo evolutivo entre as gerações x, y e baby boomers. Anais do XIV SEMEAD Ensino e Pesquisa em Administração, 13.

Silva, R. C., Trevisan, L. N., Veloso, E. F. R., & Dutra, J. S. (2016). Âncoras e valores sob diferentes perspectivas da gestão de carreira. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 18(59), 145-162.

Silva, R. C., Dias, C. A. F., da Silva, M. T. G., de Castro Krakauer, P. V., & de Lourdes Marinho, B. (2012). Carreiras: novas ou tradicionais? Um estudo com profissionais brasileiros. Revista de Carreiras e Pessoas (ReCaPe)| ISSN-e: 2237-1427, 2(1).

Super, D. E. (1980). A life-span, life-space approach to career development. Journal of vocational behavior, 16(3), 282-298.

Wood Jr, T. (2000). Organizações de simbolismo intensivo. Revista de Administração de Empresas, 40(1), 20-28.

Publicado
2020-10-05
Seção
Artigos