A INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO ACIONÁRIA E DA EXPORTAÇÃO EM UM FATOR DE DESEMPENHO DAS EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DA B3

Palavras-chave: Concentração, Desempenho, Exportação, Internacionalização

Resumo

As empresas multinacionais impactam positivamente no crescimento dos países emergentes e em detrimento a isso, os estudos sobre como essas empresas atuam e geram valor vem crescendo também de forma positiva no âmbito acadêmico. Questões bastante estudadas como desempenho e concentração de propriedade agora estão sendo avaliadas em um contexto de atuação internacional. Isso ocorre em detrimento da concentração elevada ser uma característica comum de países em desenvolvimento como o Brasil, e devido a estratégia de exportação ocorrer em função da busca pelo aumento do desempenho e da maximização de riqueza. Diante disto, este estudo buscou verificar a influência que a concentração acionária aliado à exportação possui sobre um fator de desempenho desenvolvido por este trabalho. Os resultados apontaram que a exportação se relaciona em formato de U com a variável desempenho, e a interação exportação-concentração apresentou relação positiva com a variável de interesse. Como trabalhos futuros, sugere-se acrescentar outras variáveis de internacionalização para contemplar mais formas de entrada estrangeira.

Biografia do Autor

Camila Assunção Santos, Universidade Federal de Uberlândia - UFUFaculdade de Gestão e Negócios - FAGEN

Mestre em Administração pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU/FAGEN). Profissional da área de marketing e vendas, atualmente é responsável pela retenção de clientes do segmento varejo da operadora Algar Telecom S/A. Já atuou como gerente geral de uma indústria de bebidas frias (Jet Power) e como analista de informação em uma indústria de cereais. Graduou-se em Gestão da Informação (2015) pela Universidade Federal de Uberlândia. Durante a graduação atuou como pesquisadora vinculada a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e assumiu o cargo de coordenadora de desenvolvimento de projetos da Apoio Consultoria - empresa júnior da Faculdade de Gestão e Negócios, obtendo conhecimento na prestação de consultorias para pequenas e médias empresas.

Dannie Delanoy Carr Quiros, Universidade Federal de Uberlândia - UFUFaculdade de Gestão e Negócios - FAGEN

Mestre em Administração pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU/FAGEN).Possui graduação em Administração de Empresas pelo Instituto Tecnológico de Costa Rica(2016). Atualmente é Vice - President da Association Internationale des Étudiants en Sciences Économiques et Commerc. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Finanças.

Vinícius Silva Pereira, Universidade Federal de Uberlândia - UFUFaculdade de Gestão e Negócios - FAGEN

Doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas - FGV, na linha de Finanças (2013). Mestre em Administração pela Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de Uberlândia, na linha de Finanças e Controladoria (2008). Especialista em Administração Estratégica de Negócios pela União Educacional de Minas Gerais (2006). Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Uberlândia (2005). Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia (2004). Experiência profissional como professor, consultor e gestor. Atualmente é professor Adjunto da Faculdade de Gestão e Negócios (FAGEN) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) (2009) na área de Finanças. Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da FAGEN/UFU, na Linha Finanças e Controladoria. Participante do grupo de pesquisa Finanças e Refines. Integrante dos núcleos de pesquisa NePFin (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Finanças) e Match. Áreas de interesse: Finanças Internacionais e Finanças Esportivas.

Antonio Sergio Torres Penedo, Universidade Federal de Uberlândia - UFUFaculdade de Gestão e Negócios - FAGEN

Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR (2011) com a tese defendida analisando os balanços sociais e seus impactos na área econômica, social e ambiental do setor de sucroalcooleiro; Mestre em Administração pela Universidade de São Paulo - USP (2005) com a dissertação versando sobre o processo de previsão de preços de açúcar e etanol no Estado de São Paulo; e Graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho ? UNESP (2002) com o trabalho de conclusão de curso na área de métodos quantitativos. Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Federal de Uberlândia - UFU na Faculdade de Gestão e Negócios - FAGEN, Professor da Universidade Aberta do Brasil (UAB) vinculado ao curso de Administração Pública da FAGEN - UFU e Docente Efetivo do Programa de Pós Graduação em Administração (PPGA) da Faculdade de Gestão e Negócios - FAGEN/UFU. Pesquisador no grupo de Finanças na FAGEN - UFU, no Programa de Apoio à Produção e Operações da FEARP - USP, Pesquisador no Grupo de Pesquisa GEPRES - Grupo de Extensão e Pesquisa em Redes Sociais na FAGEN-UFU, Pesquisador no Núcleo de Estudos Aplicados à Gestão Integrada de Operações (NEAGIO) na FAGEN - UFU. Possui experiência acadêmica no setor de agronegócios com orientações e participações em bancas de monografias e trabalho de conclusão de curso (TCC); artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais, além de organização e participações em congressos, seminários, encontros, conferências e demais eventos científicos e tecnológicos. Revisor da RACEF ? Revista de Administração, Contabilidade e Economia da Fundace (Qualis B3), Revisor do periódico Independent Journal of Management & Production (Qualis B3), Revisor do Periódico Agricultural Systems - Elsevier (Qualis A1) e parecerista de diversos eventos científicos nacionais e internacionais. Coordenador do Curso de Especialização em Gestão Pública em Saúde na FAGEN-UFU.

Referências

BHAUMIK, S. K.; DRIFFIELD, N. L.; PAL, S. Does ownership structure of emerging-market firms affect their outward FDI? The case of the Indian automotive and pharmaceutical sectors. Journal of International Business Studies, 41(3), 437-450, 2010.

CARVALHAL-DA-SILVA, A.; LEAL, P. C. Ownership, Control Valuation and Performance of Brazilian Corporation. Virtus Enterpress, 4 (1), 300-308, 2005.

CONTRACTOR, F. J., Is International Business Good for Companies? The Evolutionary or Multi–Stage Theory of Internationalization vs. the Transaction Cost, Management International Review, 47, 3, 2007.

CVM. Comitê Consultivo de Educação. TOP: Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro. 3 ed. Rio de Janeiro: Comissão de Valores Mobiliários, 2014. Disponível em: , acessado em: 25 mar 2018.

DAMI, A. B. T.; ROGERS, P.; RIBEIRO, K. C. S. Estrutura de Propriedade no Brasil: evidências empíricas no grau de concentração acionária. Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão, v. 5, n. 2, p. 21-30, 2007.

DEMSETZ, H; LEHN, K. The Structure of Corporate Ownership: Causes and Consequences. Journal of Political Economy, 93, 1155-1177, 1985.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GILLAN, S. L.; STARKS, L. T. Corporate governance, corporate ownership, and the role of institutional investors: A global prespective. Journal of Applied Finance, 13, 4-22, 2003.

GUJARATI, D. (2006). Econometria Básica. Campus. Rio de Janeiro, 4th edition.

HSIAO, C. Analysis of panel data. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

JEANNET, J. P.; HENNESSEY, H. D. Global Marketing strategies. Boston: Houghton Mifflin Company, 1995.

JENSEN, M. C.; MECKLING, W. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and capital structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360, 1976.

KUPFER, D. Padrões de concorrência e competitividade. Texto para Discussão 265, IEI/UFRJ, Encontro Nacional da ANPEC, 20, Anais... Campos de Jordão, SP, 1992.

LAMEIRA, V. J.; NESS JR., W. L.; NESS JR., W. L. Os determinantes da qualidade da governança praticada pelas companhias abertas brasileiras. Revista de Negócios, v. 16, n. 3, p. 33-52, 2011.

LA PORTA, R.; SHLEIFER, A.; LOPES-DE-SILANES, F., VISHNY, R.. Investor protection and corporate governance. Journal of Financial Economics, Rochester, v.58, p.3-27, out.2000.

LIU, X.; BUCK, T., Innovation Performance and Channels for International Technology Spillovers: Evidence from Chinese High-tech Industries, Research Policy, 36, 3, 2007, pp. 355–366.

LU, J. Y.; XU, B.; LIU, X. The effects of corporate governance and institutions on export behavior: Evidence from Chinese listed firms. Management International Review, 49 (4): 455–478, 2009

MAIA, A. B. G. R., VARCONSELOS, A. C. & DE LUCA, M. M. M. Governança corporativa e internacionalização do capital social das companhias brasileiras do setor de construção e transportes. Revista Eletrônica de Negócios Internacionais, 2013.

MAZZIONI, Sady et al. Influência da governança corporativa e da estrutura de capital no gerenciamento de resultados. Revista Contemporânea de Contabilidade, Florianópolis, v. 12, n. 27, p. 61-86, dez. 2015.

MEYER, R. “The Internationalization Process of the Firm Revisited: Explaining Patterns of Geographic Sales Expansion, Management Report, 300, Eramus University, Roterdam, 1996.

MDIC. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Disponível em: . Acesso em 01 de jul.2018

MILAN, G. S., ECKERT, A., MELLO, C. B. C., & GIOVANELLA, R. (2013). A aquisição de uma empresa brasileira como estratégia de internacionalização de uma multinacional fabricante de material elétrico: o processo e principais resultados. Revista Brasileira de Estratégia, 6(2), 121-136.

MORCK, R.; WOLFENZON, D.; BERNARD, Y., Corporate Governance, Economic Entrenchment, and Growth, Journal of Economic Literature, 43, 3, 2005.

MULLER, W. R. I. A internacionalização de empresas brasileiras e a criação de valor para o acionista. Dissertação de mestrado, Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, 2008.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

ROGERS, P.; DAMI, A. B. T.; RIBEIRO, K. C. S.; SOUSA, A. F. Corporate Governance and Ownership structure in Brazil: causes and consequences. Journal of Corporate Ownership & Control, v. 5, n. 2, 2008.

ROSA, C. F. Inovação e competitividade: Estudo nas empresas de capital aberto no Brasil, baseado no modelo de Adams, Bessant e Phelps. Tese (doutorado em Administração). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2017.

SASSI, C. P. et al. Modelos de regressão linear múltipla utilizando os softwares R e estatística: uma aplicação a dados de conservação de frutas. São Carlos, 2012.

SOUSA, C. M.; MARTINEZ-LOPEZ, F. J.; COELHO, F. The determinants of export performance: a review of the research in the literature between 1998 and 2005. International Journal of Management Reviews, 10(4), 343-374, 2008.

SULLIVAN, D. Measuring the degree of internationalization of a firm. Journal of International Business Studies, 34(2), pp. 165-186, 1994.

SMANIOTTO, E.; PAIVA, E. L.; VIEIRA, L. M. Estratégia de internacionalização através de upgrading funcional. Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão, v. 10, n. 1, p. 15-29, 2012.

PEREIRA, V. S.; SHENG, H. H. Os Efeitos da Internacionalização na Estrutura de Propriedade. In XIII Encontro Brasileiro de Finanças, 2013.

PINHEIRO, A.C. Estratégias de desenvolvimento: América Latina vs. Leste Asiático. Texto para Discussão Interna, n. 126, IPEA/INPES, Rio de Janeiro, 1987.

PINTO, M. B.; LEAL, R. P. C. Ownership concentration, top management and board compensation. Revista de Administração Contemporânea, 17(3), 2013.

SHLEIFER, A.; VISHNY, R. A Survey of Corporate Governance, Journal of Finance, 52, 2, 1997.

ZAHRA, S.A. Entrepreneurial risk taking in family firms. Family Business Review, 18: 23-40, 2003.

YABEI, H. IZUMIDA, S. “Ownership concentration and corporate performance: a causal analysis with Japanese panel data”, Corporate Governance: An International Review, Vol. 16 No. 4, pp. 342-358, 2008.

Publicado
2020-07-06
Seção
Artigos