INOVAÇÃO EM COMIDA: QUEM ACEITA?

  • Thelma Lucchese Cheung Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Matheus Wemerson Gomes Pereira UFMS
Palavras-chave: Consumo, Atitude, Inovação

Resumo

Interessados em analisar a atitude de consumidores em relação às inovações do setor de alimentos e, com isso, medir os graus de neofobia e neofilia alimentar declarados pelos entrevistados, três técnicas estatísticas foram empregadas. Uma análise de cluster e uma análise de correspondência múltipla permitiram que a tipologia de atitudes proposta como objetivo do artigo fosse desenhada. Já o logit ordenado permitiu identificar quais as variáveis que melhor determinaram os comportamentos mais neofóbicos, neofílicos e aqueles que representaram atitudes médias. A facilidade em compreender os significados da inovação foi determinante da maior aceitação das novidades alimentares que aparecem no mercado.

Referências

BÄCKSTRÖM, A.; PIRTTILÄ-BACKMAN, A. M. & TUORILA, H. Dimensions of novelty: a social representation approach to new foods. Appetite, 40 (2): 299–307, 2003.

BIRCH, L. (1999) Development of food preferences. Rev. Nutr, 19 (3):41-62, 1999.

CAMARENA, D.; SANJUÁN, A. & PHILIPPIDIS, G. Influence of ethnocentrism and neo-phobia on ethnic food consumption in spain. Appetite, 57 (1): 121–130, 2011.

CAPÉAU, B.; DECOSTER, A. & VERMEULEN, F. Homeownerhip and the life cycle: an ordered logit approach. Centre for economic studies. University of leuven. Agosto, 12p, 2003.

CERVO, A. L. & BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 6. Ed. São Paulo: pearson prentice hall, 2007.

COSTELL, E.; TÁRREGA, A. & BAYARRI, S. (2010) Food acceptance: the role of consumer perception and attitudes. Chemosensory perception, 3 (1): 42-50.

D'ANTUONO, L. F. & BIGNAMI, C. Perception of typical ukrainian foods among an italian population. Food quality and preference, 25 (1): 1-8, 2012.

DOVEY, T. M.; STAPLES, P. A.; GIBSON, E. L. & HALFORD, J. C. G. Food neophobia and ‘picky/fussy’ eating in children: a review. Appetite, 50 (3):181-193, 2008.

FISCHLER, C. L’(h)omnivore. Barcelona: anagrama, 1990.

FLIGHT, I.; LEPPARD, P. & COX, D. N. (2003) Food neophobia and associations with cultural diversity and socio-economic status amongst rural and urban australian adolescents. Appetite, (41): 51-59, 2003.

FRANK, R. A. & KLAAUW, N. V. D. The contribution of chemosensory factors to individual differences in reported food preferences. Appetite, (22):101–123, 1994.

GUERRERO, L.; GUÀRDIA, M. D.; XICOLA, J.; VERBEKE, W.; VANHONACKER, F.; ZAKOWSKA-BIEMANS, S. & SCALVEDI, M. L. Consumer-driven definition of traditional food products and innovation in traditional foods. A qualitative cross-cultural study. Appetite, 52(2), 345-354, 2009.

GOULART, G. S.; LUCCHESE-CHEUNG, T. Alimentos inovadores: comportamentos neofóbicos e desafios para as indústrias do setor. Gest. Prod., São Carlos, 21 (3), p. 491-502, set, 2014.

HAIR, JF.; BLACK, W.C.; BABIN, B.J.; ANDERSON, R.E. & TATHAM, R.L. Análise multivariada de dados. 6.ed. Porto alegre, bookman, 688p, 2009.

HURSTI, U.K. & SJODÉN, P. Food and general neophobia and their relationship with selfreported food choice: familiar resemblance in swedish families with children of ages 7-17 years. Appetite, 29 (1): 89-103, 1997.

KOIVISTO, U. & SJÖDÉN, P. Food and general neophobia in swedish families: parent–child comparisons and relationships with serving specific foods. Appetite, 26 (2):107–118, 1996.

MEISELMAN, H.; KING, S. & GILLETTE, M. The demographics of neophobia in a large commercial us sample. Food quality and preference, 21 (1):893–897, 2010.

MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

MOONEY, K. M.; WALBOURN, L. When college students reject food: not just a matter of taste. Appetite, 36 (1):41-50, 2001.

NORDIN, S.; BROMAN, D. A.; GARVILL, J.; NYROOS, M . Gender differences in factors affecting rejection of food in healthy young swedish adults. Appetite, 43 (3):295-301, 2004.

PARENTE, P.C. Um estudo sobre a satisfação no trabalho – uma aplicação do modelo logit ordenado. Faculdade de economia Nova de Lisboa. Lisboa, 17p, 2000.

PESQUISA DE INOVAÇÃO PINTEC (2014) Disponível em: http://www.pintec.ibge.gov.br/downloads/manual_de_instrucoes_pintec_%202014.pdf Acessado: 10/04/2016.

PEREIRA, J.C.R. Análise de dados qualitativos: estratégias metodológicas para as ciências da saúde, humanas e sociais. São Paulo: Edusp. 157p, 1999.

PORTER, M. Estratégia competitiva. Ed. Campus: rio de janeiro, 1986.

POULAIN, J.P. Sociologias da alimentação. Florianópolis: UFSC, 2004.

POULAIN, J.P. & PROENÇA, R. P. D. C. Reflexões metodológicas para o estudo das práticas alimentares. Rev. Nutr., campinas, 16 (4):365-386, 2003.

ROLLIN, F; KENNEDY, J & WILLS, J. Consumers and new food technologies. Trends in food science & technology, 22 (2):99-111, 2011.

ROZIN, P.; KURZER, N.; COHEN, A.B. Free associations to ‘‘food:’’ the effects of gender, generation, and culture. Journal of research in personality, 36 (1):419–441, 2002.

SANJUÁN-LÓPEZ, A.; PHILIPPIDIS, G.; RESANO-EZCARAY, H. How useful is acceptability to explain economic value? An application on the introduction of innovative saffron products into commercial markets. Food quality and preference, 22 (3):255–263, 2011.

SCHICKENBERG, B.; ASSEMA, P. V.; BRUG, J. & VRIES, N. DE. Level of food neophobia in dutch adults and association with familiarity with and willingness to try new healthful food products. Appetite, 47 (2):257-279, 2006.

SCHUMPETER, J. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de janeiro: Jorge Zahar editor, 1984.

SIDONIO, L.; CAMPANEMA, L.; DUQUE GUIMARÃES, D. & CARNEIRO AMARAL, J.V. Inovação na indústria de alimentos: importância e dinâmica no complexo agroindustrial brasileiro. In: Sidonio, Luiza, et al. inovação na indústria de alimentos: importância e dinâmica no complexo agroindustrial brasileiro. BNDES setorial 37: 333-370, 2013.

TEECE, D. As aptidões das empresas e o desenvolvimento econômico: implicações para as economias de industrialização recente. In: kim, l; nelson, r. (orgs.). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Editora Unicamp: Campinas, 2005.

TUORILA, H.; LÄHTEENMÄKI, L.; POHJALAINEN, L. & LOTTI, L. Food neophobia among the finns and related responses to familiar and unfamiliar foods. Food quality and preference, 12 (1):29–37, 2001.

YAMAMOTO, M. E.; LOPES, F. D. A. A evolução do comportamento alimentar: selecionando o que comer. Fapern, 1 (4):21-24, 2006.

WOOLDRIDGE, J. Econometric analysis of cross section and panel data. Mit press, cambridge: Ma, 752p, 2002.

Publicado
2018-08-08
Seção
Artigos