PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE NAS INDÚSTRIAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DA MICRORREGIÃO SUL DE SANTA CATARINA
Resumo
O artigo objetiva investigar as práticas de sustentabilidade desenvolvidas pelas indústrias de revestimentos cerâmicos localizadas na microrregião sul de Santa Catarina, à luz da Triple Bottom Line. Foi realizado um estudo qualitativo, descritivo, com aplicação de entrevistas semiestruturadas com os gestores das áreas de gestão ambiental e recursos humanos de 3 indústrias da microrregião sul de Santa Catarina. Os resultados apontaram que: a) as práticas de sustentabilidade desenvolvidas pelas cerâmicas investigadas estão incorporadas às estratégias e políticas organizacionais; b) há cumprimento das legislações quanto às questões de caráter ambiental; c) a estrutura física, os sistemas de controle e as competências dos funcionários contribuem para a realização da gestão socioambiental; d) os sistemas de informação disponíveis nas entidades facilitam a gestão socioambiental e o processo decisório; e) as práticas de sustentabilidade são adequadas, porém não há divulgação efetiva das ações realizada. Conclui-se que as indústrias cerâmicas investigadas podem ser consideradas como responsavelmente sustentáveis, uma vez que incorporam em suas políticas e estratégias as práticas de sustentabilidade. Entretanto, há carência de evidenciação dessas práticas nos relatórios de sustentabilidade que poderiam ser supridas com a implementação da Contabilidade Ambiental.
Referências
Alrazi, B., De Villiers, C., & Van Staden, C. J. (2015). A comprehensive literature review on, and the construction of a framework for, environmental legitimacy, accountability and proactivity. Journal of Cleaner Production, 102, 44-57.
Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças, Sanitárias e Congêneres – ANFACER. (2018). História da Cerâmica. Disponível em: <https://www.anfacer.org.br/historia-ceramica
Ateş, M. A., Bloemhof, J., Van Raaij, E. M., & Wynstra, F. (2012). Proactive environmental strategy in a supply chain context: the mediating role of investments. International Journal of Production Research, 50(4), 1079-1095.
Azevedo, A. M. M. de; Silveira, M. A. (orgs.) (2011). Gestão da sustentabilidade organizacional: desenvolvimento de ecossistemas colaborativos. Campinas, SP: CTI (Centro de Tecnologia da informação).
Blundo, D. S., García-Muiña, F. E., Pini, M., Volpi, L., Siligardi, C., & Ferrari, A. M. (2019). Sustainability as source of competitive advantages in mature sectors: The case of Ceramic District of Sassuolo (Italy). Smart and Sustainable Built Environment.
Christ, K. L., & Burritt, R. L. (2013). Environmental management accounting: the significance of contingent variables for adoption. Journal of Cleaner Production, 41, 163-173.
Ciacco, E. F., Rocha, J. R., & Coutinho, A. R. (2017). The energy consumption in the ceramic tile industry in Brazil. Applied Thermal Engineering, 113, 1283-1289.
Contartesi, F., Melchiades, F. G., & Boschi, A. O. (2019). Avaliação do Ciclo de Vida (ACV): Uma ferramenta para a redução do impacto ambiental dos revestimentos cerâmicos. Cerâmica Industrial, 24(2), 30-44.
Daher, W. D. M. (2006). Responsabilidade Social Corporativa: geração de valor reputacional nas organizações internacionalizadas. São Paulo: Saint Paul Editora.
Dias, R. (2011). As empresas e o meio ambiente. ______. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 55-80.
Fighera, D., Kneipp, J. M., Treptow, I. C., de Oliveira Müller, L., & Gomes, C. M. (2018). Práticas de Inovação para a Sustentabilidade em Empresas de Santa Maria-RS. Revista Brasileira de Gestão e Inovação (Brazilian Journal of Management & Innovation), 5(3), 72-94.
Gomes, S. M. D. S., & Garcia, C. O. (2013). Controladoria ambiental: gestão social, análise e controle. São Paulo: Atlas.
Henri, J. F., Journeault, M., & Brousseau, C. (2017). Eco-control change and environmental performance: a longitudinal perspective. Journal of Accounting & Organizational Change.
Kuzma, E. L., Doliveira, S. L. D., & Silva, A. Q. (2017). Competencias para la sostenibilidad organizacional: una revisión sistemática. Cadernos EBAPE. BR, 15(spe), 428-444.
Leandro, A., & Rebelo, T. (2011). A responsabilidade social das empresas: incursão ao conceito e suas relações com a cultura organizacional. Exedra: Revista Científica, (1), 11-40.
Passos, P. N. C. (2009). A conferência de Estocolmo como ponto de partida para a proteção internacional do meio ambiente. Revista Direitos Fundamentais & Democracia, 6.
Paz, F. J., & Kipper, L. M. (2016). Sustentabilidade nas organizações: vantagens e desafios. Revista Gestão da Produção Operações e Sistemas, 11(2), 85.
Pereira, A. C.; Silva, G. Z. da; Carbonari, M. E. E. (2011). Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva.
Ryszko, A. (2016). Proactive environmental strategy, technological eco-innovation and firm performance—Case of poland. Sustainability, 8(2), 156.
Seiffert, M. E. B. (2008). Sistemas de gestão ambiental (ISO 14001) e saúde e segurança ocupacional (OHSAS 18001): vantagens da implantação integrada. Atlas.
Seramim, R. J., Zanella, T. P., & Rojo, C. A. (2017). A Sustentabilidade e gestão da imagem: um estudo de caso em cooperativa agroindustrial do oeste do Paraná. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 6(3), 15-33.
Silva, D. D. (2016). A importância da sustentabilidade para a sobrevivência das empresas. Empreendedorismo, Gestão e Negócios, Pirassununga, SP, 5(5), 74-79.
Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Criciúma – SC – SINDICERAM. (2019). Associados. Disponível em: http://www.sindiceram.com.br/associados
Wernke, R., & Junges, I. (2020). Avaliação do nível de sustentabilidade das indústrias de pequeno porte de microrregião do sul de Santa Catarina. RACE-Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 19(1), 99-126.
POLÍTICA DE DIREITOS AUTORAIS E CONFLITO DE INTERESSES
A Revista Desafio Online (DOn) baseia suas políticas éticas e normas nas diretrizes apresentadas pelo Comimittee on Publication Ethics – COPE (https://publicationethics.org/), em razão de seu compromisso com a qualidade editorial e ética científica.
Dever dos editores e equipe editorial:
- Decidir quais serão os artigos avaliados, baseados em sua qualidade, relevância acadêmica, conteúdo e adequação às diretrizes de submissão, sem discriminar, nenhum autor, por gênero, sexo, raça, orientação sexual, pensamento político, afiliação institucional, religião, naturalidade, nacionalidade, identidade étnico-cultural, ou outra forma de distinção social.
- Decidir e se responsabilizar pelos trabalhos que serão publicados (editor-chefe) seguindo as normas da política editorial, bem como os requisitos legais em vigor, no que se refere ao plágio, violação de direitos autorais e difamação.
- Não divulgar dados dos trabalhos além dos autores, pareceristas e membros do conselho editorial, zelando pela confidencialidade das informações.
- Não utilizar, ou se apropriar, do conteúdo original dos trabalhos submetidos, ainda não publicados.
- Não acompanhar o processo editorial do artigo em caso de existência de conflitos de interesses.
- Garantir que as submissões passem pelo processo de revisão duplo-cega (double-blind), sendo avaliado por, no mínimo, dois pareceristas.
- Atender aos princípios de boas práticas e transparência, averiguando condutas contrárias a estes, apresentando providências adequadas.
Dever dos pareceristas ad hoc:
- Auxiliar o corpo editorial, e os autores, no que tange a escolha das decisões editoriais, realizando a revisão sem qualquer tipo de distinção política, cultural, ou social, dos autores.
- Cumprir o prazo de resposta e data limite da avaliação, comunicando os editores nos casos de impossibilidade de realizar o trabalho.
- Abster-se de realizar a avaliação quando pouco capacitados ou não aptos, sobre o conteúdo do artigo. O declínio também deve ocorrer, na existência de qualquer conflito de interesses existente, por parte do avaliador.
- Respeitar o sigilo dos arquivos recebidos, sem que sejam divulgados, expostos ou conversados os conteúdos dos artigos, sem a permissão do editor-chefe, existindo a necessidade. O conteúdo dos trabalhos não deve ser utilizado para benefício próprio.
- Seguir os critérios de avaliação estipulados nas diretrizes, recomendando ajustes e melhorias, sem nunca realizar críticas ou ataques pessoais aos autores.
- Indicar referências de materiais adicionais que sejam pertinentes ao tema.
- Comunicar, aos editores, a existência de publicações anteriores, do mesmo trabalho.
- Os revisores serão incluídos na lista de pareceristas da Revista Desafio Online (DOn). Havendo a solicitação, eles podem receber uma Declaração de Avaliação formal, do Editor-Chefe. Para isso devem informar o nome completo e CPF, por e-mail.
Dever dos autores:
- Apresentar relatos precisos das submissões, com detalhes e referências necessárias à replicação, por terceiros. Dados implícitos devem ser precisamente apresentados, no artigo. Afirmações propositalmente incorretas, ou deturpadas, são tidas como má conduta ética, sendo inadmissíveis.
- Responsabilizar-se pela elaboração do material submetido, devendo o mesmo ser original, resguardando a autenticidade do conteúdo.
- Informar, através de citações adequadas, fontes de ideias e informações derivadas de outros trabalhos, evidenciando-as nas referências. A apropriação indevida de informações e trechos de trabalhos anteriormente publicados, sem a citação da fonte, se caracteriza como plágio e, nesses casos, o periódico se reserva o direito de rejeitar o trabalho, considerando tal prática antiética e inadmissível.
- Não submeter trabalhos que possuam, de forma substancial, a mesma investigação, para outros periódicos, ou mesmo que já tenha sido, anteriormente, publicado. Trabalhos publicados, anteriormente, em congressos serão aceitos para publicação apenas em caso de parcerias Fast Track com o evento. Artigos derivados de trabalhos de conclusão de curso, dissertações ou teses serão aceitos apenas mediante a inexistência de publicações em outros periódicos ou eventos, devendo, o autor principal, se responsabilizar pela indicação de outras autorias. A Revista Desafio Online respeita o prazo de 12 meses entre publicações de um mesmo autor.
- Atribuir a autoria do trabalho apenas àqueles que fizeram contribuições significativas em sua elaboração, sendo estes indicados como coautores, pelo autor principal, se responsabilizando, integralmente, pelo conteúdo. O autor principal deve fornecer os contatos de e-mails dos envolvidos, e certificar-se de que todos aprovaram a versão final do trabalho, consentindo com sua submissão.
- Declarar qualquer forma existente de conflitos de interesses, bem como apresentar toda e qualquer fonte de auxílio financeiro existente.
- Colaborar, com os editores, quanto à correção e atualização do seu artigo, através de erratas, ao identificar erros ou informações imprecisa que seja relevante na publicação.
- Atentar às decisões editoriais, e ao processo de avaliação e revisão, atendendo, o mais rápido possível, as requisições, mantendo seus dados cadastrados atualizados. Pede-se que as adequações sejam realizadas em até 30 dias, considerando o reenvio dos trabalhos.
- Disponibilizar, caso solicitado, os dados brutos da pesquisa, juntamente com o artigo, para revisão editorial. Os dados utilizados devem se manter acessíveis por, pelo menos, 10 anos após a publicação, considerando a proteção da confidencialidade dos autores, bem como os direitos jurídicos relacionados aos dados.
Arquivamento
A Revista Desafio Online utiliza o sistema LOCKSS. Este é um software livre desenvolvido pela Biblioteca da Universidade de Stanford, que permite preservar revistas online escolhidas ao sondar as páginas das mesmas por conteúdo recém publicado e arquivando-o. Cada arquivo é continuamente validado contra cópias de outras bibliotecas. Caso o conteúdo esteja corrompido ou perdido, as cópias são usadas para restauração.
ÉTICA E ANTIPLÁGIO
Os trabalhos submetidos à Revista Desafio Online (DOn) passarão por software detector de plágio (CopySpider), a qualquer momento, durante o processo editorial. Trabalhos que apresentem mais de 5% de similaridade com outras publicações não serão aceitos, de modo que tais submissões podem ser rejeitadas a qualquer momento, no processo editorial.
Os autores transferem todos os direitos autorais do artigo para a Revista Desafio Online. Qualquer reprodução, total ou parcial, em meios impressos ou eletrônicos, deverá ser solicitada por meio de autorização. A reprodução, caso autorizada, fará constar o competente registro e agradecimento à Revista.
Todos os artigos publicados, online e de livre acesso aos leitores, tem licença Creative Commons, de atribuição, uso não comercial e compartilhamento por ela.
As obras deste site estão licenciadas sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil
PUBLICAÇÕES DA EQUIPE EDITORIAL
Não é permitida a submissão de trabalhos pelo editor-chefe e coeditores do periódico, garantindo a imparcialidade no processo editorial.