PEDAGOGIAS da diversalidade

  • Marcos Antônio Bessa-Oliveira UEMS

Resumo

Esta discussão apenas pode emergir levando-se em consideração a diferença colonial (MIGNOLO, 2003), pois, sequer as teorias sobre diferenças culturais dariam conta, haja vista a diversalidade daquela em relação à até boa intenção destas, mas que ainda tomam de políticas culturais em detrimento de diferenças em política: a posição aqui eleita para as discussões. Já que das diferenças coloniais consigo contemplar as histórias locais que são forçadas por culturas hegemônicas ou adotadas pelos projetos globais, a fim de apagá-las, e ainda ressaltar as diferenças culturais sem “políticas identitárias”. De certo, pedagogias da diversalidade contemplam o ser, saber, sentir e o fazer descoloniais ancorados na lógica biogeográfica de que os sistemas coloniais/imperiais (Estatais e Privados) sustentam-se na uniformidade política, discursiva, econômica, linguística, de direito, de democracia e cultural. Portanto, pedagogias da diversalidade estruturam-se em corpos descoloniais das exterioridades do ser, saber, sentir e fazer epistêmicos. Assim, para a construção desses que serão os pontos de compreensão das pedagogias da(s) diversalidade(s), vou me ancorar na pretensão de argumentar acerca de duas questões primárias: uma, de pedagogias para além da noção posta de prática docente como constituição moderna de ensinar e aprender verdades cumulativo-disciplinares. Visto que vou tomar da pedagogia para discutir a Arte nos modos de fazer, ensinar e pesquisar como formas de construção de conhecimentos outros não inscritos nas acadêmicas; sequer quando essas tomam da fantasia de transdisciplinaridade. A outra questão está no argumento de que a noção de diversidade que tomamos para discutir diferenças culturais na contemporaneidade está ainda para a verticalização dessas por não tomarmos das diferenças coloniais, as culturas diferentes são postas  em comparação umas às outras, já que a diversalidade, na minha pretensão, toma da consciência horizontal do ser, sentir, saber e fazer para a compreensão das diferenças (coloniais) entre arte, cultura e conhecimentos, por conseguinte, de direitos e de democracia como entendimentos epistêmicos.

Biografia do Autor

Marcos Antônio Bessa-Oliveira, UEMS

Marcos Antônio Bessa-Oliveira, Professor DE/TI na Cadeira de Artes Visuais no Curso de Artes Cênicas e Professor Permanente do Programa de Pós Graduação de Mestrado Profissional em Educação/PROFEDUC na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UUCG. Email: marcosbessa2001@gmail.com.

Publicado
2020-02-10